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Diego Costa e Corinthians: um casamento (im)perfeito
Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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Diego Costa e Corinthians: um casamento (im)perfeito

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Opinião de Andrew Sousa

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Diego Costa e Corinthians: um casamento (im)perfeito

Diego Costa tende a ser peça importante no Corinthians de Sylvinho

Foto: Pedro Vilela/Getty Images

Diego Costa nunca foi o plano A do Corinthians (veja vídeo abaixo para mais detalhes da negociação). Na busca pelo camisa 9 de impacto, os uruguaios Cavani e Luis Suarez são de fato nomes muito mais atrativos. Apesar disso, um fica no Manchester United e outro parece pronto pra rumar à Premier League. Pode ter chegado a hora, então, de aceitar o destino.

Depois de ser um bom coadjuvante para Hulk, Diego Costa parece disposto a ser protagonista. A vontade de ir para a Europa aos poucos terá que ficar de lado. É difícil imaginar uma potência vindo buscá-lo nesse momento. Para ele, também é hora de abraçar a possibilidade mais concreta.

Na vida, os desencontros às vezes ocasionam nos maiores encontros: Corinthians e Diego Costa têm tudo pra formar um casamento perfeito.

Em termos de qualidade, Diego é inquestionável: excelentes passagens pela Premier League e La Liga, títulos, Copa do Mundo e tantos outros feitos. A forma física deixa uma pulga atrás da orelha. Mas mais do que tudo isso, o que me faz acreditar no sucesso é a característica.

Em 2021, o time de Sylvinho mostrou precisar e gostar de atuar com pivô. Róger Guedes e Renato Augusto, sobretudo, usam muito o jogador da frente para tabelar e chegar de frente para o chute. Jô, mesmo em momento ruim, conseguiu fazer isso em determinados momentos da temporada. E quando conseguiu, o time rendeu melhor.

Mesmo questionado pelos poucos gols no Atlético Mineiro (embota tenha média melhor que a de Guedes, por exemplo), Diego Costa ainda é um dos melhores nomes possíveis para fazer esse tipo de jogada. Forte fisicamente, segura a marcação nas costas e facilita o jogo de quem vem de trás. Algo essencial nesse Timão de Renato, Guedes, Paulinho, Willian, Giuliano...

Nesse time do Corinthians, Diego talvez não seja a estrela, mas um ou dois passes rápidos podem o tornar em peça fundamental pra engrenagem girar.

O pivô, obviamente, não é tudo. Por mais que parte da torcida crie a imagem de um jogador em fim de carreira e sem condições de atuar em alto nível, Diego ainda tem boa mobilidade e consegue participar ativamente de outros momentos do jogo. Seja pressionando na marcação ou para dar opção de passe para uma enfiada de bola mais rápida.

Essa capacidade é outra essencial para esse novo Corinthians de 2022. Com um nome como Paulinho, um centroavante capaz de cair em outros setores abre o espaço necessário para o volante fazer o que sabe: ser o elemento surpresa.

Por falta de repertório ou por convicção, é difícil saber, Sylvinho precisa de um nome com essas características. O técnico tentou atacantes mais móveis como Guedes, Renato e até Luan, mas todos acabam atuando de costas pra marcação tentando escorar a bola para quem vem.

Corinthians não tinha Diego como o plano A. Diego não tinha o Corinthians como prioridade. Mas no fim, parecem feitos um para o outro.

Veja mais em: Mercado da bola.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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