O critério essencial na escolha do substituto de Willian
Opinião de Andrew Sousa
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Títulos são uma construção. É cada vez mais raro um troféu cair de paraquedas para um time recém-formado no esporte de alto nível. Por isso, o Corinthians tem que pensar no futuro em cada um de seus movimentos. A chegada de grandes reforços animou, mas ainda é um time em estágio inicial e vai precisar de ajustes e experiências para conquistar tudo que a Fiel sonha.
Nesse cenário, estamos diante de uma situação importante. Com a saída de Willian, o clube corre contra o tempo para buscar um substituto. A pressa se dá pela proximidade com o fim da janela, mas é preciso ter cautela na hora de escolher, justamente para seguir e fortalecer um projeto de time vitorioso.
Nos últimos meses, o Corinthians empilhou reforços com as chamadas "oportunidades de mercado". Elas, inclusive, fizeram o time trazer vários nomes para a mesma posição: Paulinho, Giuliano e Renato poderiam, em algum cenário, jogar juntos? Dessa vez, a direção tem que pensar na parte prática e não somente na teórica.
O nível técnico do atleta nem sempre é tudo, ainda mais em nomes de mais idade que apresentaram seu melhor futebol anos atrás. Com Vítor Pereira, isso ficou ainda mais claro. Ou seja: para a vaga do camisa 10, que decepcionou em sua passagem pelo Brasil, o principal fator para o Timão tem de ser a característica.
Róger Guedes é um exemplo. Qualidade não falta, mas o técnico não o enxerga no esquema que gosta de jogar. E aí chegamos a um ponto importante: o treinador.
É difícil abrir os cofres e montar o plantel para um comandante que ainda não sabe se ficar no Corinthians. Recentemente, o time gastou muito na contratação de Fausto Vera, pedido pessoal do português. E se ele não ficar? O próximo técnico faria proveito das valências do jovem reforço (que cabem como uma luva no que pensa o VP)?
Por mais cedo que possa parecer, então, é hora de pensar no futuro e discutir com o comandante alvinegro se ele pensa ou não em renovar o seu contrato.
Alguns profissionais da imprensa, afinal, já falam na busca por um ponta mais voluntarioso, que ajuda a recompor e fechar o corredor - o que falta para Guedes. Mas e se Vítor sair e o próximo comandante gostar da ideia de ter o camisa 9 aberto?
É hora de determinar um projeto, firmar uma ideia e encaixar as peças nesse quebra-cabeça. Num futebol cada vez mais coletivo, a característica das individualidades pesa mais do que a capacidade técnica das mesmas.
Para o esquema de VP, falta um ponta goleador? Um ponta voluntarioso? Um camisa 10 armador? É hora de equilibrar o elenco e parar de empilhar estrelas sem muito critério.
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Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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