Por que é tão difícil para a mídia reconhecer que o São Paulo treme ao ver o Corinthians?
Opinião de Roberto Gomes Zanin
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Um ônibus parte da Barra Funda. Há certa descontração no ar. Um pagode mal tocado rola no fundo do coletivo. O pessoal está com a moral soberanamente alta.
Mas tudo muda sombriamente quando o ônibus pega a Radial Leste. Tremedeiras, suores frios, dores de barriga. Cai a ficha para os tricolores. Estamos indo para o lugar mais inóspito para um freguês. A casa do papai.
Vi muitos comentários e justificativas. O SPFC jogou mal, estava cansado, o Luciano (refugo do Corinthians) se machucou, o Corinthians treinou dez dias, etc.
Só não ouvi o óbvio. Mais uma vez o São Paulo tremeu. Mesmo sem a presença da Fiel, os caras sentiram.
Kakás, Cenis, Fabianos e outros medalhões já pipocaram na Arena. Por que Daniel Alves e seus garotos não tremeriam?
Não foi cansaço. Foi falta de atitude. A crônica e incurável inveja do Corinthians faz com que os jornalistas não queiram enxergar o que foi explícito. Uma vitória imensa, maiúscula.
Natel, três vezes; Ramiro e Camacho. Mais cinco chances claras de gol. A goleada seria possível, com um pouco mais de categoria.
O time, horrível até pouco tempo atrás, deu um salto de qualidade.
A defesa, com o monstro Fábio Santos, Bruno Mendez e Gil em alta, Fagner sendo Fagner e Cássio mais centrado.
O meio com Cantillo voltando a ser o do começo do ano e Gabriel (melhor em campo) sendo a Fiel em campo; Casares e Otero elevando a qualidade técnica.
Ah, o ataque...
Não temos ataque. É o que falta para termos um time forte.
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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