Muita gente, inclusive eu, pensava que com Vitor Pereira o Corinthians seria um time dominante com bola. Mas, o calendário de jogos da temporada não permitiu essa adaptação. Então, a missão se tornou fazer o Corinthians dominante, não importa como. E é isso que vem acontecendo.

No último jogo, contra o Fortaleza, por exemplo, quando viu que o rival estava subindo os dois alas a todo momento, Vítor Pereira fez uma linha de cinco. Contra o Deportivo Cali, quando percebeu que João Victor e Raul Gustavo estavam deixando buracos, o treinador voltou a utilizar a linha de cinco.

E nos dois jogos, após a mudança por conta da leitura do técnico, o Corinthians melhorou.

Neste domingo, o cenário se repetiu. Vítor Pereira viu o Red Bull Bragantino empilhando jogadores e colocou a linha de cinco. O treinador percebeu que Rafael Ramos estava com problemas na bola aérea e no controle de profundidade e colocou Robson - que foi muito bem nesse sentido.

O Corinthians agora tem uma missão: competir. Está claro que joga quem está melhor fisicamente. É um time que se adapta ao adversário e ao que o jogo pede. Por isso, o treinador tem feito o rodízio de titulares e as variações para três zagueiros estão acontecendo durante os jogos.

Enquanto o calendário só permite uma evolução aos poucos, é muito bom evoluir com vitórias. Os méritos, primeiramente, são dos jogadores. Eles que fazem tudo isso acontecem e merecem elogios por conta dessa crescente.

Mas também temos que destacar o papel do treinador. Mesmo sem tempo para treinar, Vítor Pereira está dando uma cara ao Corinthians.

O campo fala e Vítor Pereira ouve.

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