x
Corinthians precisa aproveitar calendário 'louco' até 2022 para ser campeão
Tomás Rosolino

Tomás Rosolino é jornalista faz um tempo. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, ex-Agora SP e Gazeta Esportiva. Hoje no Meu Timão. Vejo muito esporte, todo dia, o dia todo.

ver detalhes

Corinthians precisa aproveitar calendário 'louco' até 2022 para ser campeão em meio a reconstrução

Coluna do Tomás Rosolino

Opinião de Tomás Rosolino

3.4 mil visualizações 42 comentários Comunicar erro

Corinthians precisa aproveitar calendário louco até 2022 para ser campeão em meio a reconstrução

Vagner Mancini tem chance razoável de ser campeão pelo Corinthians com o nivelamento promovido pela pandemia

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

O Corinthians vai viver uma reconstrução no mandato de Duilio Monteiro Alves. Tudo tratado abertamente pelo próprio presidente e com recepção até boa na torcida - ainda que as redes sociais não sejam o único termômetro para isso. Ainda assim, porém, o calendário bagunçado pela pandemia da Covid-19 abre uma boa janela para o clube ser campeão em meio a tudo isso, algo raríssimo para times que se propõem a arrumar a casa.

Não é necessário ir muito longe para explicar isso. Os três rivais do Corinthians, todos com trabalhos contestáveis, eliminações traumáticas na temporada e diversos titulares que não passam total confiança, estiveram bem perto de ser campeões de torneios nacionais ou intercontinentais na atual temporada.

O próprio Corinthians poderia ter levado o Paulista caso montasse uma lista de batedores mais cuidadosa depois do heroico gol de Jô. Nacionalmente, o São Paulo esteve perto do título brasileiro e foi semifinalista da Copa do Brasil sem que a torcida tivesse apreço por metade do time titular.

O Palmeiras foi campeão da Libertadores três meses depois de torcedores queimarem bandeiras com nomes de jogadores na frente do CT. Vergonha no Mundial à parte, o time ainda pode ser campeão da Copa do Brasil mesmo em um time longe dos ajustes sempre buscados em históricos campeões.

O Santos, em ano que teve impeachment de presidente, banimento de transferência e surto de Covid-19 em momentos decisivos, foi finalista da Libertadores e perdeu o título com um gol aos 54 minutos do segundo tempo - dois titulares daquele time já tinham até sido vendidos, de tão complicada que era a situação.

Após essa contextualização, para mim, fica claro que os times paulistas, pelo poderio financeiro, devem seguir dominantes no cenário nacional em meio a essa dificuldade mundial. A pandemia atrapalha a todos e acaba equilibrando trabalhos curtos e longevos - vide problemas vividos pelo Grêmio.

Não acho esse time do Corinthians fraco, longe disso até. Imagino que a equipe titular, descansada e concentrada, só é inferior ao Flamengo - e conseguiria competir em um mata-mata. O problema é que praticamente todos os times vão conseguir se enfrentar de igual para igual pelo menos até 2022, principalmente nos mata-matas.

O calendário emendado de 2020/21 praticamente não terá respiro também em 2022. A Copa do Mundo começa em novembro e vai comer praticamente um mês de calendário, forçando um início precoce também para o ano que vem.

Sem grandes pré-temporadas, tempo de trabalho diminuto e pressão constante pelos resultados, o Corinthians pode se aproveitar do nivelamento para beliscar uma ou duas taças nas próximas duas temporadas. Tem time, camisa, tradição e mentalidade vencedora para tal.

Veja mais em: Títulos do Corinthians e Vagner Mancini.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

Avalie esta coluna
Coluna do Tomás Rosolino

Por Tomás Rosolino

Tomás Rosolino é jornalista faz um tempo. Formado em jornalismo pela Cásper Líbero, ex-Agora SP e Gazeta Esportiva. Hoje no Meu Timão. Vejo muito esporte, todo dia, o dia todo.

O que você achou do post do Tomás Rosolino?