Mancini fala em 'recuperar jogadores' e usa Mateus Vital como exemplo de evolução na equipe
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Por Julia Raya e Rodrigo Vessoni
Vital ganhou espaço na equipe titular do Corinthians desde a chegada de Vagner Mancini
Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
Desde a chegada de Vagner Mancini, nomes como Xavier e Mateus Vital têm ganhado espaço na equipe e correspondido às expectativas do treinador. O meia, inclusive, foi um dos exemplos citados pelo técnico quando o assunto em pauta foi a recuperação de alguns jogadores "escanteados" no clube.
"Todos estão nos planos. Na minha chegada, a primeira coisa que falei internamente, é que a primeira função do treinador é tentar recuperar os jogadores. É muito fácil chegar no clube pedindo novos atletas. Você vai onerar uma conta que já existe e colocar em cheque quem está no clube. Já fui atleta e passei por tudo isso. Uma das primeiras funções é recuperar jogador. Em duas semanas vi evolução nos jogadores dentro da maneira do que eu quero. E dentro deste quadro consigo avaliar os atletas", começou o treinador, durante entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, nesta terça-feira.
Vital disputou 26 jogos pelo Corinthians na temporada e, desde que Mancini assumiu o comando da equipe, é titular absoluto. Em um de seus melhores momentos com a camisa alvinegra, o jogador foi valorizado pelo técnico corinthiano, que analisou as evoluções do atleta e apontou o que ainda pode ser melhorado.
"Eu não gosto muito de falar individualmente sobre atletas porque pode chegar de forma diferente para ele. Eu acredito que se eu utilizasse ele mais atrás, ele renderia também. Ele tem capacidade de ser adaptado em qualquer setor do campo. Tem potencial para gerar conforto em qualquer setor do campo. O treinador tem a obrigação de melhorar cada atleta, como eu disso, e isso cabe a ele também. Eu já detectei algumas coisas e isso não significa que eu seja dono da verdade, mas pode ser importante que ele escute, assim como o Otero, o Gustavo, o Davó. São atletas que precisam de um aprimoramento de um dom ou outro. Entrar na área de cabeça erguida é um dom que eles tem que ter. Gerar o chute, a virada, isso é treino. Muitas vezes se pega uma pedra bruta e se lapida ela", pontuou.
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O treinador também exemplificou casos em que a "pedra bruta foi lapidada". Dentro do próprio elenco corinthiano, Fagner foi o citado por Mancini como exemplo de grande evolução em características que antes eram de dificuldade.
"Hoje tenho o Fagner, que há dez anos estava comigo no Vasco da Gama, tinha deficiência de marcação. Hoje, é um dos melhores marcadores que temos, então o atleta melhora quando é estimulado. Quero contribuir para todos os jogadores. De novo, é muito fácil quando você pede jogador. O importante é tentar recuperar. Se estão no Corinthians, em algum momento mostraram futebol que justificou chegarem aqui", completou em seguida.
Apesar de Mancini insistir na recuperação de atletas, o Timão não deixa de atuar no mercado, seja para contratar, como no caso do zagueiro Jemerson, ou para vender. Araos, por exemplo, é um dos jogadores pouco aproveitados recentemente e que teve seu nome especulado em outros clubes. Questionado, o treinador avaliou os períodos do corinthiano fora dos jogos como de avaliação.
"Araos não foi nos últimos jogos como outros não foram. Esse período também serve para que eu observe, avalie situações que podem acontecer. Outros vão ficar de fora na sequência, não posso levar todos. Assim como só escalo 11, mas tendo uma brecha o atleta tem de estar bem para mostrar do que é capaz", finalizou.
