Desde o início da temporada, o Corinthians prega que o planejamento é de corte de gastos, investindo na base e evitando gastos com contratações. Nada disso impede, no entanto, que reforços cheguem em breve. Segundo o gerente de futebol Alessandro Nunes, há a possibilidade de movimentações no mercado na abertura da janela.

"Em se tratando de início de trabalho, o Corinthians é sempre grande. Temos janela se abrindo no meio do ano, pode existir movimentação no meio do ano e isso se estende a chegada e saída. Temos quase 40 atletas no grupo, quase metade da base. Estamos avaliando um período mais curto", pontuou.

"Dois atletas com fim de contrato em junho, renovações sendo tratadas. Entendemos a ansiedade do torcedor, temos seguranças nas nossas decisões. Tomamos elas em conjunto, sempre em benefício do Corinthians. Mas é difícil estabelecer um prazo", completou.

Outro nome da coletiva, Roberto de Andrade também comentou o momento de cautela alvinegra, ressaltando que a falta de reforços não é por falta de oportunidade, mas por desejo do clube, que pode voltar ao mercado a qualquer momento.

"Não tem uma data fixa para passar. Para entrar no mercado, podemos entrar a qualquer hora. Os concorrentes podem ser fortes, mas o Corinthians nunca está fraco. Aqui é oferecido dez jogadores por dia, todo dia. Mas nós estamos dando passos atrás para dar passos para frente em breve. Não consigo precisar se são três, quatro, seis meses ou o ano todo. A prioridade do Corinthians é o futebol, não qualquer outro esporte", explicou.

"Estamos antenados disso. Damos chance para a garotada e vamos dar sequência, esse trabalho não pode parar no meio. No final do Paulista ou mais para frente, vamos ver quem se sobressaiu, está mais pronto para dar segmento e se precisar de alguma contratação, vamos fazer sim", acrescentou.

Momento mais difícil?

Tendo que apostar na base e sem um grande número de nomes absolutos em suas posições, o Corinthians vive um dos momentos mais delicados dos seus últimos anos. Para Alessandro, porém, esse não é necessariamente o maior desafio alvinegro para montagem de elenco nas temporadas mais recentes. O ex-lateral lembrou de 2016, quando o time perdeu boa parte de seu elenco campeão brasileiro no ano anterior para o mercado chinês.

"Eu, sinceramente, não cravaria que seja o maior desafio. Você muito bem mencionou que em 2015 tivemos uma debandada para a China e ali tivemos que nos ajustar e muitos não deram retorno em campo. Tudo tem medida certa, se tivermos calma e paciência. O futebol não é produzido para um cenário imediato. Hoje jogamos, por vezes, quatro partidas na semana. A busca de um jogo bonito, entendimento tático, destaque de atletas, fica muito maior. É desafiador sempre trabalhar no futebol, nesse momento aqui no Corinthians, mas muito nos entusiasta trabalhar com esses jovens. Quando não ocorrer o destaque deles na primeira oportunidade, vamos dar suporte para que eles sigam trabalhando. Vamos buscar sempre a vitória, é o desejo de todos, torcedor e nosso também", concluiu.

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