Danilo comenta ansiedade por reestreia no Corinthians e compara com tempos de jogador
2.1 mil visualizações 26 comentários Reportar erro
Por Tomás Rosolino e Luis Speyer Fabiani
O agora técnico Danilo vai estrear na nova função nesta quinta-feira, contra o Santos, pelo Brasileiro de Aspirantes, e compara a emoção de começar a trajetória no Sub-23 do Corinthians com o começo no profissional. Para ele, os dias têm sido semelhantes ao começo no esporte.
"Na época que estava subindo, esperando a oportunidade no profissional, aqui não é muito diferente não. Eu estava louco para chegar essa estreia logo", disse o ex-jogador, que atuou profissionalmente pela última vez há dois anos, quando estava no Vila Nova-GO.
"Fiquei dois anos fora do futebol depois que parei, mas a vontade de competir nunca se perde. Essa adrenalina de entrar em campo, querer ganhar os jogos, isso eu nunca perdi. Estou tranquilo quanto ao jogo, mas ansioso para voltar a competir. Isso fica aflorado. Espero que possamos competir bem e fazer um ótimo jogo", observou.
Notícias relacionadas
Com apenas o Brasileiro de Aspirantes pela frente entre os torneios oficiais, Danilo tem a missão de transformar a categoria em algo mais próximo do torcedor, desconfiado após a má administração entre 2019 e 2020, com mais de 40 reforços contratados.
"A gente sabe que a estreia é sempre muito importante, principalmente em casa. Sabemos que não é fácil estrear em um clássico logo de cara, mas estamos bem preparados para fazer um grande jogo e começar bem a competição", informou, já pegando um discurso motivador.
"Sabemos que o futebol é assim. Começar de baixo e ter oportunidade. Estrear aqui como treinador, no Sub-23, que tem um elo muito forte com o profissional, é uma chance muito grande. O objetivo é fazer um grande trabalho aqui e ir subindo aos poucos", apontou.
Relação com os atletas
Danilo ainda explicou como tem buscado interagir com o seu grupo na posição de treinador, bem diferente da exercida durante as décadas de futebol profissional como jogador. Segundo ele, a ideia é passar aos jovens que é necessário respeitar a hierarquia e esperar pelo melhor momento.
"Acho que essa transição que temos é de dentro e fora de campo. Temos que ter humildade, respeitar o que o treinador decide, esperar a oportunidade. Mas com certeza, a conversa é fundamental para mostrar o caminho. Os garotos mais novos precisam ser inteligentes, ouvir, para ajudar e consertar muita coisa. É uma preparação e transição para que o atleta chegue lá em cima bem. O futebol não é só dentro do campo", disse, admitindo que, em geral, o atleta não é fã de treino.
"É o dia a dia. Isso é tudo. Sabemos que jogadores não gostam de treinar, treinam num ritmo abaixo. Para a gente que já jogou conviver com isso, é muito novo. Agora é a hora de cobrar. Quem não compete, fica para trás. Vemos equipes com jogadores que não competem, que são bom tecnicamente, mas competem pouco. Além da qualidade, é preciso competir. Foi o que fiz na carreira toda e deu muito certo", concluiu.