Arthur Elias analisa primeiro Dérbi na final do Brasileirão e projeta decisão ainda mais disputada
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Por Julia Raya
Arthur Elias encarou com naturalidade as dificuldades enfrentadas pelo Corinthians na primeira final do Brasileirão
Rodrigo Coca/Ag. Corinthians
O Corinthians vive a reta final de um dos campeonatos que disputa na temporada, fazendo a grande final do Brasileirão Feminino com o Palmeiras. De olho no jogo de volta, depois da vantagem construída pelo Timão no Allianz, o técnico Arthur Elias falou que espera uma partida bastante disputada.
Apesar do triunfo por 1 a 0 na primeira partida, o treinador soube reconhecer as dificuldades da equipe em campo. Analisando a atuação alvinegra, Arthur viu seu com mais capacidade de buscar o resultado.
"A dificuldade foi de uma grande final de campeonato contra uma forte equipe, que tem um investimento parecido ou até mais o que o nosso esse ano, tem grandes jogadoras, sete recém-convocadas na seleção, é bem organizada e que venceu a maioria dos jogos também. A gente ia ter dificuldade pra enfrentar uma equipe forte como a delas, a gente sabia, especialmente no campo delas, de difícil adaptação por ser sintético. A gente criou talvez menos e menos volume do que estamos acostumados, isso já era previsto, a gente sabia que eles viriam comca marcação alta, mas a gente conseguiu tirar mais o ímpeto e criação delas do que elas tiraram nossa", iniciou, em entrevista coletiva.
"A gente fez gol impedido, fez outro gol, chance clara com a Zanotti, Vic, Yasmim, volume de bola parada. Criamos oportunidades, talvez não tanto quanto estamos acostumados, mas é uma dificuldade natural de final. Não espero jogo tão diferente na Arena, o que vai fazer a diferença é evoluir de um jogo para o outro, estamos tralhamos mesmo com o prejuízo da meninas que estão na Seleção, mas trabalhando pra evoluir, criando mais oportunidade, controlando o jogo e sofrer pouco como foi na ida", completou logo em seguida.
Para o primeiro jogo, o treinador não contou com a meia Andressinha, que sofria com dores na lombar. Para o time titular, então, ele escalou Ingryd ao lado de Gabi Zanotti. De olho na entrega da camisa 5 em campo, Arthur rasgou elogios à jovem e falou sobre como o time está bem servido na posição.
"A gente vai guardar essa informação (de quem vai jogar no segundo jogo). O que fica pra todos é o que falei, a gente escolhe a melhor para cada partida. A Ingryd foi a escolhida no primeiro jogo, mas foi em outros também, como contra a Ferroviária, ela cresceu demais, fez por merecer. Andressinha vinha com incomodo nas costas e no dia do jogo aumentou, então ela participaria, mas ficou de fora. É fundamental pra nós, acabou de ser titular do Brasil nas Olimpíadas, a Diany, a Grazi também vêm bem", analisou o treinador.
"Estou bem servido nessa posição, preparamos as atletas para chegarem bem. A situação Ingryd é parecida com o da Campiolo, que a Tarci precisa, que é trabalho, persistência, elas têm qualidade incrível. Eu não escalei ela (na primeira final) pensando na marcação, não só, porque ela entrega muito com bola, tem esse equilíbrio de marcar bem, jogar bem, mostrar que era o momento dela. Assim foi e conseguimos uma grande partida no setor do meio de campo, vamos ver qual vai ser a melhor decisão para o próximo jogo", finalizou.
Corinthians e Palmeiras decidem o grande campeão brasileiro no próximo dia 26 de setembro. Às 21h, as equipes se enfrentam na Neo Química Arena e o Timão tem a vantagem do empate para levar o título.
