O volante Du Queiroz tem aproveitado suas férias para participar de lives e entrevistas. Na mais recente delas, na última quarta-feira, o jogador falou sobre a liderança de Renato Augusto no elenco, a chegada de Paulinho, seu estilo de vida, a convivência com Danilo e ainda contou quais foram os melhores volantes que já viu no Timão.

"O Renato (Augusto) é um cara que se tornou meu amigo fora de campo, é um paizão, um cara muito espetacular, resenha, conversa para caramba, ajuda demais. Eles, que são mais velhos, ajudam bastante a gente que está subindo, não só em coisas boas, quando a gente erra também, porque eles já viveram isso, já passaram por muitas coisas, então eles ajudam bastante. Todos, Renato, Cássio, cada um de uma forma, tem uns que são mais rígidos, tem outros que são mais resenha, Fábio Santos é o mais resenha, Renato é resenha também", disse o atleta no canal "Fala Muito, FIEL!".

Recentemente, Du já havia comentado que o dono da camisa 8 é seu jogador favorito da equipe principal. Na afirmação, aliás, disse que a maioria responderia da mesma maneira. No entanto, em sua primeira entrevista coletiva, o jogador também comentou que Paulinho era uma de suas inspirações. Durante a live no YouTube, Queiroz voltou a falar sobre o mais recente reforço do clube alvinegro.

"Ah, feliz, né (de jogar com Paulinho). Estava assistindo ele jogar há um tempo atrás, e agora eu estou podendo dividir uma posição com ele. Tentar sugar o máximo dele, do Renato Augusto, desses caras, aprender com eles porque são caras que sabem muito, têm muito tempo na posição", comentou.

Peça coringa no time de Sylvinho, Du ganhou mais destaque na posição de volante que, aliás, é a preferida dele. Dessa maneira, o jovem de 21 anos revelou quais foram os melhores volantes que ele viu jogar no time de Itaquera e ainda contou que não gosta de ser comparado com os ex-jogadores.

"Teve um que eu não vi jogar, que eu assisti alguns vídeos, que é o Rincón. Mas que eu vi jogar, acho que foi Ralf e Paulinho, Elias também jogou muito no Corinthians. O Corinthians sempre teve bons volantes. Esses caras a gente leva como referência, mas eu só não gosto de comparação, 'vai se tornar um novo Elias', 'vai se tornar um novo Paulinho'. Eu sou eu, eles trilharam o caminho deles, a carreira deles, e eu vou trilhar a minha. Eu vou trabalhar para tentar chegar no mínimo aos pés deles", declarou.

Em 2021, antes de chegar ao time principal do Timão, o Cria do Terrão teve passagem na categoria Sub-23, comandada por Danilo, ex-meia. Queiroz, então, relembrou essa convivência com o ídolo da Fiel e ressaltou a gratidão que tem pelo profissional.

"Tem nada a falar do Danilo, só agradecer também porque ele foi um dos poucos que acreditaram no meu futebol, tanto é que meio que ele que fez essa ponte para eu subir, ele que me ajudou, viu que eu era bom tecnicamente e foi falar com o Sylvinho. Ele sempre me dava o feedback, 'vai chegar seu momento', 'continua trabalhando', e chegou. Toda vez que vejo ele, agradeço porque é um cara nota mil", contou.

Por fim, Du falou sobre as afirmações de que todo jogador que chega ao profissional está com a vida financeira garantida. O jovem, que cresceu numa comunidade chamada Bairro BNH, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, disse que continua morando no local e que ainda sonha em dar uma estrutura melhor para sua família.

"Tem muita gente que olha o futebol de fora e acha que 'ah, chegou no profissional tá rico, tá milionário', só que eu continuo no mesmo lugar, morando na mesma casa. Eu sei que com o tempo as coisas vão melhorar, mas a favela vai vencer quando eu conseguir mudar isso, quando eu conseguir dar uma estrutura melhor para a minha família, e eu vou poder dizer que a favela venceu porque eu não tinha nada. Eu moro com os meus avós, na realidade meio que de favor, a gente fez um puxadinho aqui e é um quintal com várias famílias", revelou.

"Também é importante dizer para quem é de comunidade, que a favela não vence quando estoura um chandon na balada, quando você pega whiskey caro, a favela vence quando você não é mais estatística, e eu graças a Deus, não sou mais uma estatística", completou.

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