O Corinthians publicou, na noite desta quarta-feira, o balancete financeiro do primeiro trimestre de 2022. O documento foi apresentado pela diretoria do clube ao CORI (Conselho de Orientação) na última segunda-feira e foi aprovado pelo órgão. De janeiro a março deste ano, o clube registrou superávit acumulado em R$ 7,7 milhões.

O balancete também aponta um superávit operacional. Este considera apenas o resultado antes de despesas, receitas financeiras e outros itens operacionais e aparece no valor de R$31,8 milhões.

Assim como no final do ano passado, o futebol do Corinthians demonstrou um superávit considerável, na casa dos R$14,8 milhões de reais. Destacam-se como as principais receitas:

• R$52,6 milhões em direitos de transmissão de TV;
• R$26,1 milhões em patrocínios e publicidades;
• R$10,7 milhões em arrecadação de jogos;
• R$7 milhões em premiação, Fiel Torcedor e loterias;
• R$72,1 milhões em repasse de direitos federativos.

Os valores acima totalizam uma receita bruta do futebol de R$168,6 milhões.

Na parte das despesas do futebol, alguns outros destaques:

• R$ 61,2 milhões em pessoal;
• R$ 25,6 milhões em vendas e aquisição de atletas;
• R$ 17,1 milhões em serviços de terceiros;
• R$ 16,4 milhões em amortização de direitos.

As despesas de futebol do período somadas são de R$137,1 milhões.

Assim, considerando os R$7,4 milhões em impostos sobre a receita total e mais R$9,2 milhões em despesas não operacionais, o futebol do Corinthians atinge R$14,8 milhões de superávit no primeiro trimestre de 2022.

Na área social, porém, o cenário é completamente diferente. Conforme publicado no balancete, o clube social e os esportes amadores do Corinthians geraram déficit de R$7,1 milhões neste mesmo período.

Somando contribuições dos sócios (R$5,8 milhões), explorações comerciais (R$3,6 milhões) e licenciamento e franquias (R$14,4 milhões), a receita bruta do clube social chegou no número de R$24,6 milhões. Destes, foram deduzidos R$385 mil em impostos e contribuições, totalizando R$24,2 milhões.

O que faz com que o setor chegue ao vermelho é a extensa lista de despesas. Nela, destacam-se:

• R$10,6 milhões em pessoal;
• R$ 5,5 milhões em serviços de terceiros;
• R$ 4,4 milhões em gerais e administrativas;
• R$652 mil em depreciações;
• R$103 mil em esportes amadores.

Assim, considerando os mais R$4,7 milhões em rateio de despesas administrativas, o clube gastou R$16,6 milhões com seu clube social. Ainda descontando-se mais R$14,8 milhões em custos não operacionais, o setor demonstrou R$7,1 milhões em déficit neste primeiro trimestre.

No consolidado entre futebol e clube social, portanto, o resultado oficial divulgado pelo Corinthians ficou em superávit de R$7,7 milhões.

Em tempo: o Corinthians fechou o balanço financeiro de 2021 com um superávit de R$ 5,6 milhões. Isso não acontecia desde 2016 no Parque São Jorge.

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