Gabi Portilho rebate críticas por final da Supercopa ser na Neo Química Arena: 'É merecimento'
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Por Victor Godoy e Matheus Scontre
Gabi Portilho ainda argumentou citando as conquistas recentes do Corinthians
Danilo Fernandes / Meu Timão
Logo após a semifinal da Supercopa Feminina, torcedores rivais questionaram o fato da decisão entre Corinthians e Cruzeiro ser sediada na Neo Química Arena. O tópico chegou aos ouvidos de Gabi Portilho após a conquista da competição e a ponta-direita fez questão de rebater citando as conquistas recentes das Brabas.
"Já dei algumas declarações que para um bom entendedor, meia palavra basta. É difícil tudo o que passamos nessa competição, quero deixar claro que não queremos favorecimentos. Trabalhamos, conquistamos no passado, de quatro campeonatos, ganhamos quatro títulos. Não é favorecimento jogarmos em casa, é merecimento. A gente trabalha, é uma equipe que investe, temos todo respaldo do Augusto, da Cris. São oito, nove anos de solidez, viemos lutando, conquistando pelo futebol feminino. Viver essas coisas foram bem difíceis. Tentaram, mas não conseguiram, fico muito feliz de termos decidido em casa", iniciou a atacante.
"Não foi fácil, jogamos contra grandes equipes, contra Inter, fora de casa, a Ferroviária, que jogamos em casa, independente de horário comercial, a Cris valorizou e colocou o jogo na Arena, que já é difícil abrir porque tem custo. Mas conquistamos, merecemos, trabalhamos, mostramos mais uma vez que o Corinthians é grande, investe. planeja, dá toda a estrutura que o futebol feminino precisa, e botar 33 mil pessoas na Arena não é fácil. O Corinthians começou lá atrás com 10, 15 torcedores e hoje temos milhares. É muito legal ver o futebol feminino assim, e que as outras equipes possam se espelhar e valorizar o trabalho que o Corinthians faz, e não desmerecer, não querer atrapalhar ou prejudicar. O Corinthians é gigante e vamos continuar na luta, seja contra quem for", emendou.
São 18 títulos desde que o futebol feminino do Corinthians foi reativado, em 2016. Gabi Portilho frequenta o Parque São Jorge desde 2020, tendo participado de 13 dessas conquistas. Com isso, a atacante tornou-se uma das referências da equipe, que é considerado "o time a ser batido".
"É muito difícil chegar no topo, mas é ainda mais se manter. Depois de um ano vitorioso, chegar para esse ano com mudanças, temos que ter uma mentalidade muito boa. É o que falei no campo, nós atletas precisamos só entrar no campo e jogar bola, e dar o nosso melhor, trabalhar, se dedicar. O Corinthians nos dá esse respaldo, cuida de tudo extracampo", explicou Portilho.
"Hoje é um horário que assim, a gente sabe que tem Dérbi mais tarde, foi justo, para um horário que não estava tão calor quanto foi contra o Internacional. Ali para mim foi desumano. Olhar a temperatura antes de colocar o horário dos jogos acho importante, porque pedimos valorização, visibilidade, mas não queremos de qualquer jeito. Que isso possa mudar para as próximas competições, é só o início de um grande ano", disse na sequência quando questionada sobre o horário da partida.
Polêmica do VAR
A final da Supercopa, ainda ficou marcada por intervenções pontuais do árbitro de vídeo, anulando dois gols do Cruzeiro. O primeiro devido a um impedimento e outro por um domínio de Byanca Brasil com a mão. Nas redes sociais, houve quem protestou, ainda que Ronaldo Fenômeno, dono do time mineiro, tenha reconhecido o acerto da arbitragem mesmo sem concordar com a regra.
"A arbitragem foi muito bem, o VAR está aí para isso. Depois a gente comemora, é um alívio. O primeiro foi no começo, mas o segundo foi um alívio para acordarmos pois íamos levar o gol e o jogo para os pênaltis, mas deu tudo certo. Mais uma vez o trabalho venceu", avaliou Portilho.
Com a conquista, as Brabas retornam ao centro de treinamento mirando o restante da temporada. O Corinthians vai disputar o Paulista, o Brasileiro e a Libertadores nessa temporada
