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Contradições e coincidências da chegada de Cafu ao Corinthians: quem mentiu?
Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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Contradições e coincidências da chegada de Cafu ao Corinthians: quem mentiu?

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Contradições e coincidências da chegada de Cafu ao Corinthians: quem mentiu?

Cafu só fez dois jogos com a camisa do Corinthians até o momento

Foto: Danilo Fernandes/ Meu Timão

No início de seu trabalho no Corinthians, Vagner Mancini sofreu com um problema conhecido pelos seus antecessores: a falta de jogadores capazes de dar profundidade ao time. Com o mercado escasso e momento financeiro ruim do clube, a solução encontrada foi Jonathan Cafu.

Apenas dois meses depois do anúncio e menos de 180 minutos em campo, no entanto, o atleta "sumiu". Mesmo recuperado de coronavírus, Cafu não ficou sequer no banco contra o Palmeiras, sendo preterido por Everaldo, que entrou em campo.

A coisa piora: segundo apuração do Meu Timão, o jogador está em lista de opções negociáveis para a próxima temporada ao lado de Éderson e Matheus Davó, também sem espaço no clube.

Diante disso tudo, me passa pela cabeça a seguinte questão: quem mentiu na contratação do atacante? E aqui vou explicar os motivos.

  • Mancini pediu e já descartou?

Em entrevista à Rádio Bandeirantes no dia 16 de novembro, Duilio Monteiro Alves creditou a chegada de Jonathan Cafu ao técnico alvinegro. Segundo o diretor, o atacante foi um pedido de Mancini por conta de suas características.

Eu não fiz parte da contratação do Jonathan Cafu, mas foi uma alternativa que o treinador pediu. Ele estava livre e veio só com os custos dos salários, que não são baixos, mas estão dentro do padrão do futebol brasileiro”, disse.

Na minha visão (e isso não é informação), é improvável que Mancini tenha desistido de um atleta que ele pediu apenas duas partidas depois. Até aqui, ele mostra insistência para potencializar atletas e demora a "desistir" dos atletas.

Essa alternativa fica ainda menos provável quando o próprio treinador chamou para si a culpa pelas partidas ruins do jogador, dizendo que apressou o processo e o colocou antes de adquirir a melhor forma possível.

  • Responsabilidade dividida

Poucos dias antes, Mancini tinha desconversado sobre a possibilidade de ter pedido pessoalmente a contratação do atacante. Na oportunidade, o comandante alvinegro falou em "consenso" com toda a diretoria.

"Todos os atletas que chegam, chegam por um consenso. Colocamos os nomes na mesa, conversamos. Então não é porque um pediu ou outro gosta. É um consenso", finalizou.

  • "Solução dos problemas"

Em sua primeira coletiva, Jonathan Cafu não se omitiu ao falar que veio ao Corinthians para ser a opção de velocidade e profundidade que faltava ao grupo. O atacante disse, inclusive, que o buscaram justamente por isso. Quem disse isso para ele? Mancini?

"Posso ser sim (esse jogador de profundidade). Eles foram me buscar para eu ser esse jogador. Vim para ser esse jogador. O Mancini pode contar comigo. Só quero mostrar meu potencial, meu trabalho e dar alegria para essa torcida", disse.


Coincidência...

O que surpreende é que, mesmo inusitado, um adeus tão precoce de Cafu não seria novidade. Sobretudo quando o assunto é a Casa Soccer, empresa que cuida da sua carreira. Com moral interna no clube, a agência tem 11 jogadores recentes ligados ao clube e ao menos três deles têm trajetória parecida:

  • Yony González: deixou o Timão com quatro jogos;
  • André Luis: foi negociado com apenas três partidas;
  • Matheus Alexandre: vai para o terceiro empréstimo sem sequer ter estreado pelo clube.

Com o clima de insucesso que já ronda a contratação do jogador com apenas dois jogos, é preciso entender o que acontece. Foi um erro grave de indicação por parte de Mancini? Foi sugestão do clube (que vem passando por mudanças no CIFUT)?

Afinal, por que o Corinthians contratou Jonathan Cafu?


E mais: Redação Meu Timão debateu possível barca de dispensas do Corinthians

Veja mais em: Jonathan Cafu.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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