Conforme os jogos vão passando (e não digo isso só por conta da demissão de Sylvinho), algumas coisas vão ficando cada vez mais claras para a temporada. Uma delas a gente já sabia desde o ano passado: esse time pode jogar muito mais. E diante do Mirassol, jogou. Porém, a melhor parte da atuação ficou concentrada no primeiro tempo. Essa situação é outra que se torna evidente: a parte física precisará de muita atenção e o novo técnico será fundamental nesse processo.

A minha reflexão não toca apenas em um nome (o do escolhido pela diretoria do clube). A parte física dos atletas precisa de muito cuidado, assim, novo treinador virá com uma comissão técnica? Se vir, os profissionais atuais continuarão no clube ajudando? Se não, como será feito o processo de integração para que tudo tenha o melhor resultado possível?

Eu, particularmente, acho muito difícil um treinador estrangeiro vir sem uma equipe junto. E acho isso um ponto positivo, pois não é de hoje que a parte física do Corinthians tem sido um sinal de atenção e talvez fosse bom dar uma reformulada. Nós estamos falando de uma temporada em que o calendário vai atropelar.

Claro que é difícil exigir muita coisa com poucos jogos de Campeonato Paulista e duas semanas de pré-temporada com um técnico que nem está mais no clube, mas tenho a impressão que, dificilmente o time conseguirá se manter bem estruturado sem "desmoronar" na etapa final das partidas se um projeto melhor de preparação física não for montado.

Se isso será feito com uma nova comissão, com um rodízio de jogadores, com os mesmos profissionais que estão no CT Joaquim Grava, eu não sei... Mas o que eu espero é que a diretoria do clube esteja olhando para o calendário, estudando a escolha do novo técnico e esteja, principalmente, por dentro do elenco que tem. A parte física deles é pilar fundamental do sucesso esperado para 2022.

Uma comissão técnica é montada de forma que todas as necessidades de preparação da equipe possam ser atendidas. Técnico, auxiliar, treinador de goleiros, preparador físico, fisiologista, fisioterapeuta, analista de desempenho... Todos esses profissionais precisam estar alinhados. Ao meu ver, o novo treinador deveria ter livre arbítrio para escolher quem estará ao seu lado nessa jornada.

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