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A diretoria foi cega e isso pode custar a temporada do Corinthians
Julia Raya

Estagiária do Meu Timão e estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo-SP. Tem 17 anos e é corinthiana há 18. Sempre viveu com o Corinthians e agora trabalha com ele também.

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A diretoria foi cega e isso pode custar a temporada do Corinthians

A diretoria do Corinthians demorou para tomar uma decisão e isso pode custar caro

Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

O Corinthians demitiu o técnico Sylvinho na noite da última quarta-feira. A maneira como a queda do treinador aconteceu pode custar o que tinha tudo para ser uma das melhores temporadas do clube nos último anos, tudo por teimosia da diretoria.

Sabemos que o futebol vive de resultados e exatamente por isso não dava para se esperar que esse time fosse "o Corinthians de Sylvinho" por muito mais tempo. Eu não posso aqui contrariar as afirmações dos atletas e da diretoria de que o clima no CT era bom e que via-se resultado no dia a dia de trabalho. Mas eu posso dizer que esses resultados, se realmente existiam, não eram vistos em campo por quem mais importa: a Fiel.

Há tempos a torcida cobra e programas esportivos analisam o que o Corinthians vinha apresentando dentro de campo. Há tempos o que Sylvinho apresentava já não era mais condizente com o que se espera do Corinthians - mesmo que, ao final da última temporada, um dos objetivos tenha sido alcançado. Fato é que o clube teve uma oportunidade de ouro nos últimos meses e desperdiçou.

Em um ano com Paulista, Brasileiro e Libertadores a serem disputados, uma pré-temporada é essencial. E o Corinthians acaba de jogá-la no lixo. O período preparatório para os próximos meses foi feito por um técnico que não seguirá no clube.

Com mais três jogos, toda a confiança que a diretoria exalava ter no treinador foi embora. Não era mais fácil que isso tudo tivesse sido interrompido ao final da última temporada? Desse jeito, um novo trabalho poderia ser recomeçado e com o devido tempo de preparação.

Agora, o Corinthians vai atrás de outro nome para assumir a vaga deixada por Sylvinho, com a temporada já em andamento. Seja lá quem assuma o cargo, não terá todo o tempo de preparação da pré-temporada. O novo treinador não terá direito aos cerca de 15 dias de treino sem jogos e não terá a oportunidade de montar o elenco como deseja (planejando quem terá espaço ou não, liberando atletas para empréstimo e sugerindo contratações, por exemplo - por mais que isso ainda possa ser feito, no cenário de pré-temporada é muito mais plausível).

Quem chegar vai ter que conhecer os atletas e ao mesmo tempo já apresentar resultados. Afinal, o ano já começou para o futebol brasileiro. Meu ponto aqui é que, se a decisão da última quarta-feira tivesse sido tomada antes, como já se apontava ser necessário e também vinha sendo pedido, o novo treinador teria tido tempo para começar o trabalho bem, com calma e podendo extrair do elenco alvinegro suas melhores qualidades.

O Corinthians tem talvez um de seus elencos mais fortes dos últimos anos, ao menos no papel e individualmente. E toda essa qualidade pode ser desperdiçada por um trabalho que já deve começar atropelado.

Veja mais em: Sylvinho, Técnicos do Corinthians, Diretoria do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, Roberto de Andrade e Alessandro.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Julia Raya

Estagiária do Meu Timão e estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo-SP. Tem 17 anos e é corinthiana há 18. Sempre viveu com o Corinthians e agora trabalha com ele também.

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