Lembram o grupo do Balbuena no WhatsApp? Saiba como Mancini uniu o Corinthians
Análise de Lucas Faraldo
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Apesar de, dentro de campo, ter dado nos últimos 30 dias indícios daquele início de trabalho de Tite em 2015, o Corinthians de Vagner Mancini ainda não tem consolidado um repertório de futebol que nos permita brincar com essas comparações. Fora das quatro linhas, porém, já surge um fenômeno que não se via havia quase três anos no CT alvinegro e é marca de todo time bom e campeão.
Simbolizado nas comemorações dos gols de Jô, Mateus Vital e principalmente Luan na goleada de 5 a 0 sobre o Fluminense, o clima do Corinthians remete a 2017. E Corinthians, nesse contexto, é quem vive a rotina do CT Joaquim Grava. Ainda mais especificamente? O entorno de Mancini.
Os profissionais recém-chegados ao CT com Mancini "deram match" com o elenco. Não à toa, após o gol de Luan, o quinto do massacre corinthiano, o elenco quase todo direciona a comemoração ao preparador físico Flávio de Oliveira.
Esse elo é considerado internamente o grande trunfo do sucesso desse início de trabalho. Não que o elenco não se desse bem com os últimos profissionais que passaram pela comissão técnica, mas é notório para quem vive o dia a dia do CT o encaixe especial dos jogadores com Flávio, que chegou ao Corinthians uma semana depois de Mancini, e o auxiliar Anderson Batatais e o analista Claudio de Andrade, que vieram com o técnico.
O "mancinismo" tem na comunicação um dos pontos centrais para a virada de chave no Corinthians. Externamente é escancarado como Mancini esclarece dúvidas de torcedores e jornalistas nas entrevistas. Internamente, longe das câmeras, o sucesso é ainda mais relevante: brinca com todos na hora da descontração e "estimula" (como gosta de dizer) na hora do trabalho. Isso sem perder a seriedade, vide o afastamento de Davó dos jogos.
O resultado é um ambiente familiar no CT Joaquim Grava como não se via desde aquele elenco comandado por Carille com auxílio de Cássio, Fagner, Balbuena, Rodriguinho, Jadson, Jô... A união daquele time, de 2016 para 2017, foi simbolizada, quase de forma caricata, pela criação de um grupo de WhatsApp moderado pelo zagueiro paraguaio. Foi ali que o elenco deu liga enquanto virava um time, dando base para o projeto campeão da temporada.
Quase três anos depois, uma nova base é pavimentada no CT Joaquim Grava. Atrasados pra temporada 2020, mas avançados pra 2021, jogadores, comissão técnica e funcionários estão em sintonia. É o primeiro passo para um projeto promissor.
Todos ganham com isso, dos veteranos que voltam a se candidatar como protagonistas de suas posições no país, aos menos experientes que tentam se firmar como realidades. É minha deixa para as comemorações dos gols de Jô e Vital que fiquei devendo:
A imagem de ressurreição do artilheiro abraçado pelo elenco ilustra o surgimento do novo ciclo (abaixo); assim como a do jovem de 22 anos correndo rumo a um apertado abraço em Mancini (acima).
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