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Corinthians 2022 poderá ser campeão, mas está em desvantagem
Roberto Gomes Zanin

Jornalista, diretor da RZ Assessoria, Bicampeão do mundo. Não sou ligado a nenhuma corrente política do clube. Quero apenas o melhor para o Timão. Discorde à vontade, mas com o respeito aos irmãos

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Corinthians 2022 poderá ser campeão, mas está em desvantagem

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Corinthians 2022 poderá ser campeão, mas está em desvantagem

Renato Augusto deverá liderar o time em 2022. Mas assim como os outros veteranos, precisará ser poupado

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Quando chega a época da Copa do Mundo, me divirto com aquelas previsões feitas por computador sobre quem será o campeão.

Ora, o futebol não é ciência exata, porque, mais do que qualquer outro esporte, temos aqui muito do imponderável.

Mas essa moeda tem outra face. Apesar de não ser matemático, há, sim, no futebol, uma grande parcela de organização e planejamento em cada taça conquistada.

Vejamos o Corinthians de 2008 para cá.

Após sucessivos erros e pecados cometidos na era Dualib, o time caiu em 2007.

A partir de então, o clube funcionou como um relógio.

Buscou Mano Menezes, em alta no Grêmio, e montou um elenco talhado para devolver o time à Série A. Jogadores raçudos, com a cara do Corinthians. Deu certo. Deu a lógica.

Em 2009, a grande tacada. Fenômeno na área! Paulista Invicto e Copa do Brasil enriqueceram nossa sala de troféus. Deu a lógica.

O ano do centenário não trouxe títulos, saímos do planejamento seguro e arriscamos com Adilson Batista, tivemos erros bisonhos em jogos importantes, mas brigamos lá em cima. Deu a lógica.

A partir da chegada de Tite, ainda no final de 2010, voltamos para a receita vencedora de Mano. Batemos campeões Brasileiros em 2011. Deu a lógica

Em 2012, ganhamos a América e o Mundo, com o mesmo planejamento. Em 2013, a tragédia de Oruro e a operação Amarilla nos tiraram o Bi da Libertadores, mas ganhamos a Recopa, no primeiro semestre. No segundo, Tite perdeu a mão, o elenco se acomodou e quase caímos. O imponderável driblou a lógica.

Em 2014, Mano volta para fazer a faxina no elenco e remontar o grupo. Tivemos um ano de reconstrução. Não ganhamos nada. Deu a lógica.

Em 2015, o novo presidente, Roberto de Andrade, que não gostava de Mano, trouxe Tite de volta. Com a base de 2014, e com seu toque de estrategista, Adenor nos levou ao hexa. Deu a lógica.

O ano de 2016 foi um divisor de águas. O elenco de 2015, fadado a ganhar tudo na nova temporada foi desmanchado a preço de banana e, pior, Andrade e Cia (claro, com a aprovação de Tite) contratou só “tiriças”. Jogadores indolentes, sem sangue, sem identificação com o clube, a saber: Marquinhos Gabriel, Guilherme, Giovanni Augusto e Marlone, entre outros. A lógica apontava para o fracasso. Não deu outra. Deu a lógica.

Em 2017, mostramos que dá para ganhar contrariando a lógica. Mesmo sem o melhor elenco, Carile fez o milagre de nos levar ao título paulista e ao hepta. Nos anos seguintes, mais dois regionais. Faltou elenco para ganhar títulos maiores. Deu a lógica.

Ano passado, após o fracasso do primeiro semestre e pontuação mediana no primeiro turno do Brasileirão, a expectativa era ficar entre a zona de rebaixamento e a Sul-Americana. A chegada de jogadores de peso elevou o nosso sarrafo. Chegamos em quinto. Pouco para o Corinthians e muito para o que prevíamos no início do torneio.

Tudo isso para chegarmos aos dias de hoje. Montamos um time forte, noves fora a idade elevada dos principais jogadores. Mas temos dois pontos fracos, que nos coloca em desvantagem com relação aos principais rivais.

Para poupar o estado físico dos veteranos, o treinador tem que ter autoridade, sabedoria e bom elenco para rodar o grupo. Não temos técnico e não temos elenco do nível de Atlético, Palmeiras e Flamengo.

Podemos ser campeões, batendo o rival verde, o rubro-negro e o Galo? Claro, podemos. Até porque temos a Fiel. Mas com um técnico de verdade e um grande elenco (não apenas 11 jogadores) nossas possibilidades aumentariam.

Aguardemos.

Veja mais em: Sylvinho.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Coluna do Roberto Gomes Zanin

Por Roberto Gomes Zanin

Jornalista, diretor da RZ Assessoria de imprensa, bicampeão do mundo. Não sou ligado a nenhuma corrente política do clube. Quero apenas o melhor para o Timão. Discorde à vontade, mas com o respeito.

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