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Corinthians só conquistou o ponto graças a Rogério Ceni
Jorge Freitas

Colunista esportivo do portal 'No Ângulo', este internacionalista é mais um louco do bando e busca analisar o Timão com comprometimento com a realidade e as necessidades do maior clube do planeta.

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Corinthians só conquistou o ponto graças a Rogério Ceni

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Opinião de Jorge Freitas

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Corinthians só conquistou o ponto graças a Rogério Ceni

Corinthians viu técnico adversário errar e conseguiu manter o tabu da Neo Química Arena

Foto: Danilo Fernandes / Meu Timão

A crônica esportiva parece já ter definido os responsáveis pelo empate do Corinthians ontem contra o São Paulo na Neo Química Arena. Primeiro, com Cássio, responsável por grandes intervenções nos dois tempos, e depois Vitor Pereira, que teria corrigido o time no intervalo e voltado melhor e dominante para o segundo tempo.

Concordo com o primeiro, discordo do segundo.

Se ontem teve outro responsável além de Cássio pelo ponto conquistado (e teve mesmo), este foi Rogério Ceni. Depois de dominar o primeiro tempo e não sair com um placar elástico por conta do goleiro adversário, as mudanças do treinador do São Paulo foram invenções inexplicáveis até mesmo para quem acompanha pouco o futebol.

Com um gol nos acréscimos e intervenção tripla de Cássio no lance final, depois de jogar melhor por todo o primeiro tempo, imagino que o vestiário do São Paulo estivesse inflamado e que os jogadores voltariam com gás para a segunda etapa. Mas Ceni tratou de acalmar os ânimos ao realizar mudanças em um time que parecia perfeitamente encaixado.

Voltar sem Reinaldo e com um linha de 4 foi um gatilho muito maior para que o Corinthians atacasse por todo o segundo tempo do que a mudança de Gil por Adson feita por Vitor Pereira (tanto que o gol só saiu após o português mudar mais uma vez, dessa vez de forma tripla).

Não sei como estão as coisas pelo lado de lá, mas fosse eu um torcedor do rival, estaria bastante incomodado com a terceira chance seguida desperdiçada de quebrar o tabu na Neo Química Arena. Ainda mais pelo placar final ter sido resultado direto da precipitação do próprio treinador.

Alias, é vergonhosa a atitude de vários treinadores brasileiros de inventarem mudanças quando o time está bem. Parecem querer se proteger da nova jogada do adversário sem sequer ver antes se ela realmente é eficaz. Analogamente a um jogo de xadrez, é como se o jogador mexesse sua peça para se proteger de algo que o adversário ainda não fez e nem se sabe se dará certo.

Já por aqui, a impressão que fica é que a escalação com três zagueiros parece ser exclusiva para casos pontuais, como foi no segundo tempo contra o Fortaleza. Ontem, mais uma vez o lado direito parecia uma avenida e o São Paulo só não saiu com maior sorte ainda nos 45 minutos iniciais porque Cássio estava realmente gigante.

Vitor Pereira precisa errar menos. Tem jogado apenas 45 minutos, pois parece que só consegue entender o adversário depois de vê-lo jogar por um tempo à beira do campo. Foi assim contra os cearenses, além de Internacional e São Paulo, jogos cujos primeiros tempos foram assustadores.

Não fosse Rogério Ceni e sua precipitação, possivelmente seguiria sem pontuar em clássicos e com uma pressão gigante nas costas por ter sido o primeiro treinador a perder para o São Paulo na Neo Química Arena.

Teve sorte o português para seguir na liderança do Brasileirão.

Veja mais em: Majestoso, Corinthians x São Paulo e Campeonato Brasileiro.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Jorge Freitas

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