Eu concordo com ele. Liverpool pode contratar o jogador praticamente que quiser. Nem o Palmeiras com dinheiro a fundo perdido de um banco, nem o Atlético-MG que tem uma dívida maior que a nossa, e um banco e uma construtora bancando algo insustentável a longo prazo, tampouco o Flamengo, que tem uma gestão nebulosa e terminou o primeiro trimestre com quase 70 milhões de déficit, tem capacidade para dar aos seus treinadores um elenco como o Liverpool.
Outra coisa: ele é Europeu. Qual o desejo primário de um técnico Europeu? Ser finalista e campeão da Champions. E eu tinha entendido o que ele disse: se contasse só o desejo dele estaria fazendo a final hoje, assim como o desejo do Roger Guedes é só jogar no ataque e só na posição preferida. Mas nenhum dos dois vive dos próprios desejos
O povo brasileiro tem muitos problemas educacionais e a imprensa brasileira só fatura em cima de conflitos.
Ele precisou de um lateral para ser reserva do Fagner. Teve que indicar um jogador de time pequeno de Portugal, visto que por aqui não há opção na série A, e se o cara tem nome não quer ficar na reserva e nem poderoso ganhando 600 mil.
É muito difícil ser técnico no Brasil.
Se eu fosse a diretoria do Corinthians, daria guarida para esse técnico e tentaria renovar com ele por um período maior, dispensando quem não se adequasse no fim de 2022 e contratado conforme a folha fosse sendo aliviada. O cara colocou a base para jogar sem medo, sem crucificar os moleques, e vamos colher frutos técnicos e financeiros lá na frente. 90% dos técnicos brasileiros já teria feito um time base repleto de veteranos e jogando todo atrás. Podia colher alguns resultados imediatos, mas isso não teria impacto no futuro do clube.
Lembro que um dos maiores centroavantes do Corinthians nos tempos modernos foi o Viola. Entrou em uma final escalado pelo Antônio Lopes porque o Edmar tinha ido embora. Fez um gol de título em Campinas e depois ficou Dois anos no ostracismo. Com VP não aconteceria isso.