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Líder do marketing fala dos dez patrocinadores e revela valor total do uniforme do Corinthians

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Por Julia Raya e Rodrigo Vessoni

Responsável pelo marketing do Corinthians diz entender a reclamação de parte da torcida

Responsável pelo marketing do Corinthians diz entender a reclamação de parte da torcida

Divulgação

O uniforme do Corinthians, neste momento, ostenta nada menos do que dez marcas, sem contar a fornecedora de material esportivo (Nike). Para alguns torcedores, uma demonstração de força e capacidade do clube. Para outros, um excesso que causa enorme poluição visual no calção e camisa oficiais.

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BMG (espaço nobre), Pro Evolution Soccer (barra frontal), Universidade Brasil (ombro), Positivo (costas), Joli (barra inferior das costas), Marjosports (mangas), Cartão de Todos (ombro e a frente do calção), Poty (barra do calção), Hapvida (parte frontal superior) e Ale (laterais, abaixo da axila) são as empresas que, neste momento, estampam seus nomes e logomarcas no uniforme corinthiano.

Uniforme de jogo do Corinthians tem dez patrocinadores, além da Nike

Uniforme de jogo do Corinthians tem dez patrocinadores, além da Nike

Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

E o que pensa o departamento responsável pelos contratos? Em entrevista exclusiva ao Meu Timão, o superintendente de marketing do Corinthians comentou sobre a polêmica que, recentemente, tomou conta das redes sociais. Questionado pela reportagem se era melhor ser cobrado pela falta de patrocinadores ou pelo excesso, Caio Campos respondeu:

"Prefiro ser cobrado por ter muitos", avisou.

O superintendente de marketing do Corinthians, na sequência, desenvolveu o raciocínio, deu números e comparou com a época do "macacão de fórmula 1 da época de Ronaldo Fenômeno", entre os anos de 2009 e 2011.

"Internamente temos compromissos financeiros. O que tem hoje na camisa, praticamente, são R$ 50 milhões (sem contar a parceria com a Nike). O que fizemos com o Ronaldo e o que fazemos hoje é diferente. O Ronaldo era uma necessidade de trazer um cara que era praticamente impossível de vir para o Corinthians no estágio que ele estava, ganhando o que ganhava. Então, tivemos que fazer a parceria na época para viabilizar um cara que ajudou a mudar a história do clube, sabemos que tem um Corinthians antes do Ronaldo e um depois. Esse foi o motivo lá atrás", lembrou.

"O de agora é porque o mercado está muito diferente, os patrocínios que fechamos envolvem nosso esforço de vender, e eu preciso dar visibilidade a eles. Eu preciso vender o seguro da Hapvida, abrir a conta no BMG, e por aí vai. A gente tem que ter resultado financeiro no desempenho dos caras. É outro mundo. Eu prefiro ser cobrado pelo excesso de patrocínio do que pela falta. Eu entendo 100% o torcedor que diz que a camisa fica feia, assim como entendo 100% do patrocinador, que com a ajuda deles conseguimos deixar a camisa monocromática. Na hora de exposição, o patrocinador quer a marca dele como é, é difícil pedir para mudar, deixar a marca em branco e preto sendo que ela é de outra cor. Eu entendo os dois lados, mas conseguimos isso porque temos bons parceiros hoje", completou.

Parceria com o BMG, da polêmica ao exemplo para outros clubes

Acordo com o BMG foi anunciado e virou polêmica entre os torcedores na época

Acordo com o BMG foi anunciado e virou polêmica entre os torcedores na época

Rodrigo Vessoni

A forma como o Corinthians anunciou o patrocínio máster do BMG gerou discussão entre os torcedores, que esperavam o contrato de um jeito, com um valor mais robusto, e acabaram tendo de entender uma nova modalidade de acordo comercial, que prevê aumento de valores de acordo com o engajamento.

Questionado pelo Meu Timão sobre o assunto, com a lembrança de que outros clubes como Vasco, Atlético-MG e Flamengo fizeram o mesmo, o superintendente de marketing do Corinthians relembrou a polêmica, explicou a necessidade e voltou a pedir a ajuda do torcedor.

"Eu nunca tive dúvida do que a gente estava fazendo e que será um baita produto a médio/longo prazo. O "abrir conta" todo mundo vai ficar "depois eu vejo no no começo, mas a médio/longo prazo será um produto muito legal para o Corinthians. Quando o torcedor abraçar e entender que ele só precisará abrir a conta e movimentar um pouco, ele vai ajudar muito o clube. Eu acredito que vai ser legal. Eles (BMG) começarão uma campanha (de marketing) nos próximos dias", contou Caio, que completou:

"A gente tinha certeza quando assinamos, a forma como apresentamos, ninguém mentiu, a gente acredita no projeto, que vai dar muito mais dinheiro que eu tinha com a Hypermarcas, que foi o maior patrocínio que eu fechei. Modéstia à parte, acho que sou o cara que mais fechou patrocínio na história do futebol. Eu coloquei muito dinheiro aqui, acho que tirando agência especializada do mercado, fui o que mais arrumou patrocínio. Se realmente as torcidas entenderem, acredito que pode ser bom para todos os clubes. Não precisa deixar de usar seu cartão comum para sempre, usa em uma compra só o do BMG, na padaria, na Arena, quando der, no restaurante, qualquer coisa do dia a dia. Vai ser bom", analisou Caio.

Quase todos os contratos até o fim do mandato de Andrés

Quase todos os parceiros têm contrato até o fim do mandato de Andrés Sanchez

Quase todos os parceiros têm contrato até o fim do mandato de Andrés Sanchez

Divulgação

A exemplo do contrato com o BMG, quase todos os outros patrocínios têm acordo até o término do mandato do presidente Andrés Sanchez, em fevereiro de 2021. Segundo Caio, é dessa maneira que o presidente se organiza. Isso também ajudará o trabalho das equipes de marketing e financeira.

"Andrés sempre pediu muito isso, ele trabalha com esse planejamento. É difícil para o futebol se inserir no planejamento porque a cabeça está de um jeito e estou aqui para ajudar. Prefiro eu ser o criticado. Perde quatro jogos seguidos, eles (torcedores) estão bravos, quer que contrate reforços, se estiver jogando bem ok, mas se estiver precisando vamos ter que contratar. O futebol é assim e a gente trabalha para ele, trazer as melhores peças que se encaixam aqui. Ele olhar até o fim do mandato e saber o que pode gastar, o que não pode, o que ainda tem que correr atrás, facilita para a administração", finalizou.

Patrocinadores do uniforme do Corinthians

BMG - banco ocupa o espaço nobre na camisa. Acordo é por duas temporadas até 31/12/2019

Pro Evolution Soccer (PES 2019) - marca de videogame seguirá barra frontal da camisa até 31/07/2019

Universidade Brasil - seguirá no ombro da camisa até 31/07/2020. É parceira há três anos.

Positivo - fabricante de equipamentos eletrônicos estampa nas costas da camisa. Acordo até 31/12/019

Joli - gigante do material de construção ocupará a barra inferior das costas. Contrato até 31/12/2020.

Poty - empresa de bebida ocupará a barra do calção até 31/12/2020

Marjosports - startup de tecnologia que ocupa as mangas. Contrato vai até 31/12/2020

Cartão de Todos - empresa de cartões de descontos ocupa o ombro e a frente do calção. Contrato termina em 31/12/2020

Hapvida - operadora de saúde ocupa a parte frontal superior. Contrato termina em 31/12/2020.

Ale - distribuidora de combustível ocupa as laterais, abaixo da axila. Contrato termina em 31/03/2020

Veja mais em: Ações de marketing e Camisa do Corinthians.

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