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Os patrocinadores do Corinthians

Os patrocinadores do Corinthians
O chuveiro da marca Corona estampado na frente do uniforme alvinegro

O Conselho Nacional de Desportos (CND) liberou a exibição de marcas nos uniformes dos times em 1982. Neste mesmo ano, o Corinthians fechou com seu primeiro patrocinador. A empresa pioneira foi a Bombril, fabricante de produtos de higiene e limpeza.

Década de 1980

No começo, só era permitido fazer a publicidade nas costas das camisetas, em cima dos números dos jogadores. A partir do ano seguinte, veio a autorização para utilizar a área frontal. A Bombril estampou sua marca exclusivamente para a decisão do título Paulista de 1982, contra o São Paulo. Como aquele jogo seria assistido por milhares de pessoas, a ação de marketing foi vista como uma oportunidade de gerar visibilidade para a organização.

A Cofap, empresa do setor de peças automotivas, foi a primeira patrocinadora a aparecer na parte frontal da camisa do Timão durante o Campeonato Paulista de 1983. Foi com essa parceria que o Corinthians chegou ao bicampeonato da competição. Em 1984, foi a vez da marca de relógios Citizen, que apareceu apenas no início do Campeonato Brasileiro.

No mesmo ano, a Bic, marca de produtos para escritórios, estampou a camisa alvinegra, mas em uma única partida. Ainda em 1984, a Corona, empresa de chuveiros também patrocinou o clube, ajudando no pagamento da renovação do contrato do jogador Sócrates. Assim, a equipe jogou aquela temporada com um chuveiro desenhado na frente do uniforme.

No Campeonato Brasileiro de 1985, foi a vez da Kalunga, organização de materiais para escritório, ilustrar sua marca no Timão. A empresa fechou um longo contrato com o clube e ficou como patrocinadora até 1994. 

A primeira ocasião em que ela apareceu na camisa foi no Campeonato Brasileiro, no dia 27 de janeiro de 1985, num duelo contra o Vasco. O confronto terminou empatado por 2 a 2. A última vez que o Corinthians jogou com tal patrocínio foi num clássico com o Palmeiras, num jogo que resultou em 1 a 1.

A Bombril foi a primeira patrocinadora do Corinthians

Década de 1990

De 1995 a 1996, foi a vez da fábrica de tintas Suvinil aparecer no Timão e ver o time ser campeão do Paulista e da Copa do Brasil. Depois, de 1997 a 1998, o banco Excel, além aparecer na camisa, também participou da contratação de jogadores e outros investimentos em comum com o time.

Neste período o Corinthians foi campeão do Paulista mais uma vez. Em 1998, a  telefonia DDD/Embratel patrocinou a equipe alvinegra nas finais do Brasileirão, contra o Cruzeiro. A empresa deu sorte e o Timão foi campeão.

De 1999 a 2000, a indústria de alimentos Batavo passou a estampar sua marca no uniforme alvinegro. Foi um dos períodos mais vitoriosos da história do Corinthians, quando veio o bicampeonato do Brasileiro e o Mundial de 2000. No mesmo ano, no dia 21 de janeiro, apenas uma semana após a final do torneio internacional, a empresa de refrigerantes Pepsi chegou e foi exibida na camisa.

A Suvinil patrocinou o Corinthians

Década de 2000

A Kolumbus, empresa do ramo moveleiro, fechou um acordo com o Timão em 2003 e ajudou no pagamento do salário do volante Vampeta. A marca ficou apenas nas mangas da camisa e deixou o Corinthians no mesmo ano. Neste período, o clube faturou o Paulista de 2003. Já em 2004, a multinacional de conglomerados Siemens também apareceu somente nas mangas, saindo no mesmo ano como a Kolumbus.

De 2005 a 2007, a Samsung, outro conglomerado multinacional, estampou a camisa corinthiana. Na época, a MSI investia no Timão e ajudou no fechamento do acordo da empresa com o clube. O tetracampeonato do Brasileiro chegou, só que em 2007 foi a vez de enfrentar a Série B, o que resultou num decréscimo no valor do contrato.

Durante a disputa da segunda divisão, a Medial Saúde, organização de planos de saúde, trouxe sorte ao Corinthians, pagando 16,5 milhões de reais para estampar sua marca por um ano. Em 2009, com a volta triunfante para Série A, várias empresas foram atraídas pelo trabalho desenvolvido pelo departamento de marketing do Timão e, claro, pelas conquistas em campo que contavam com a presença de Ronaldo.

A Ford, fabricante de automóveis, a Vivo, concessionária de telefonia, internet e TV por assinatura, e a Locaweb, empresa de hospedagem de sites, serviços de internet e computação em nuvem, fecharam contratos de apenas um jogo. Trata-se de um amistoso contra o Estudiantes de La Plata, no dia 17 de janeiro de 2009.

Somando a estampa das três marcas, mais os banners de propaganda no estádio e os direitos de TV, o clube acumulou 1,5 milhões de reais para sua conta. Depois, a Locaweb ainda ocupou o espaço das mangas por mais dois duelos, contra o Barueri e o Bragantino. Ambos os confrontos foram válidos pelo Campeonato Paulista daquele ano.

Ainda no mesmo ano, a Suvinil voltou a patrocinar o Corinthians nas duas partidas finais da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A empresa apareceu na frente e nas costas do uniforme. A Syl, distribuidora de auto peças, também patrocinou o clube, ocupando o espaço das mangas. As duas organizações participaram do heptacampeonato do Timão na Copinha.

O Corinthians já ajudou a Associação de Assistência a Portadores de Deficiência (AACD) sem receber nada em troca. A instituição foi apresentada no uniforme num clássico contra o São Paulo, em jogo válido pelo Campeonato Paulista de 2009. Todas as camisas foram autografadas e o lucro revertido para a organização. Com isso, o time recebeu uma carta de agradecimento, redigida pelo presidente da entidade.

Mais um acordo pontual foi firmado com a Visa, multinacional de serviços financeiros, a Panasonic, fabricante de eletroeletrônicos, e a Lupo, empresa de moda íntima, meias e uniformes de times, para um clássico com o Palmeiras no Paulista de 2009. A exposição das empresas foi mundial, pois Ronaldo Fenômeno fez seu primeiro gol pelo Timão no Dérbi.

A Batavo voltou a patrocinar o Corinthians após dez anos da primeira parceria. Em algumas partidas, a marca de alimentos frigoríficos Perdigão, dona dos diretos da Batavo, foi a escolhida para aparecer nos uniformes. Nesta época, o Timão conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil de 2009.

O banco PanAmericano, do grupo Silvio Santos, assinou contrato com o Corinthians para os dois confrontos finais do Campeonato Paulista daquele ano. A maior parte do lucro, porém, foi para o atacante Ronaldo. No acordo, o jogador teve direito a 80%, ficando 20% para o Timão. A parceria foi estendida para o resto da temporada. Além do nome do banco, a Tele Sena e o Baú da Felicidade revezaram espaço e viram a equipe vencer o Paulista e a Copa do Brasil.

O Corinthians fechou uma parceria com a Bozzano, marca de higiene e beleza masculina, apenas para a primeira final do Paulista de 2009. No entanto, um acordo com a Hypermarcas, organização farmacêutica e dona da Bozzano, fez com que o patrocínio durasse até o fim do ano. Novamente, Ronaldo recebeu 80% dos lucros, enquanto o Timão ficou com 20%. A empresa foi mais uma que vestiu o elenco campeão do Paulistão e da Copa do Brasil.

Também pertencente à Hypermarcas, a marca de desodorantes masculinos Avanço acertou um patrocínio com o Corinthians. O inusitado foi o local escolhido para sua aparição: nas axilas das camisetas dos atletas. O terceiro acordo com o mesmo grupo envolveu a Neo Química Laboratórios, do ramo farmacêutico, como patrocinador master. No lugar que aparecia o Baú e a Tele Sena, entrou a marca de produtos de limpeza Assim.

A Batavo já foi patrocinadora do Corinthians

Década de 2010

O banco PanAmericano foi o último patrocinador do grupo Silvio Santos a sair do uniforme. A equipe, então, fechou parceria com a escola de idiomas Fisk. Além do valor de aproximadamente R$ 7,5 milhões, a fundação ofereceria aulas de inglês aos jogadores.

Outro contrato pontual foi com o Magazine Luiza, rede varejista de eletrônicos e móveis, para um embate das quartas de finais da Copa Libertadores de 2012. Contra o Vasco, a empresa ocupou espaço na frente e nas costas. 

O Timão fez mais uma boa ação em prol da AACD no Campeonato Brasileiro de 2012. Num jogo contra a Ponte Preta, o plantel entrou com o logo da instituição sem receber nada em troca, como da outra vez. As camisas foram autografadas e o lucro revertido para a entidade.

Nas semifinais da Copa Libertadores de 2012, mais dois interessados estamparam o uniforme pontualmente. Trata-se da Iveco, fabricante de veículos pesados, caminhões, ônibus e utilitários leves, e da Marabraz, loja de móveis. Num clássico contra o Santos, as empresas ficaram na camisa de forma não permanente. 

Em outro clássico, dessa vez contra o Palmeiras, o Corinthians divulgou a Fundação SOS Mata Atlântica, uma Organização Não Governamental (ONG) que defende o bioma em questão, na sexta rodada do Campeonato Brasileiro de 2012.

Ainda no ano vitorioso, a Iveco voltou a fechar acordo para um duelo das finais da Copa Libertadores. Agora, contra o Boca Juniors, da Argentina. A Bombril, primeira patrocinadora da história, também complementou o uniforme na oportunidade.

Mais uma ONG esteve presente nas roupas. O Grupo Cultural AfroReggae, cujo objetivo é promover a inclusão e a justiça social através da arte, da cultura afro-brasileira e da educação, esteve presente numa partida contra o Vasco na 14ª rodada do Brasileiro de 2012.

Em 2013, o Timão fechou acordo com a Caixa como patrocinadora master, a Fisk na barra, e a TIM, empresa de telefonia, no número. Todos os produtos foram e são licenciados pela Nike, marca de artigos esportivos.

No ano do heptacampeonato do Brasileirão, o Corinthians começou sua campanha sem patrocínio master após romper com a Caixa. Foi aí que a equipe fechou uma parceria pontual com a Cia. do Terno, do ramo de moda social masculina. Os campeões vestiram o nome da empresa, mas logo o acordo foi encerrado.

Depois de seis anos, as parcerias firmadas eram com o banco BMG, o PES, uma série de jogos de simulação de futebol, a Joli, comércio de materiais para construção, a Positivo, fabricante de tecnologia, a MarjoSports, organização de jogos e apostas, o Cartão de Todos, clube de descontos, a Universidade Brasil, instituição de ensino superior privada, o Grupo Hapvida, operador de planos de saúde, e a ALE, distribuidora de combustíveis.

A Magazine Luiza fechou um patrocínio pontual em 2012

Década de 2020

A Nike continua sendo a fornecedora do Corinthians. Além disso, o time segue tendo o patrocínio das seguintes empresas: BMG, ALE, Konami, a desenvolvedora do PES e Cartão de Todos. Duas marcas voltaram a fazer parceria com o Timão, sendo o caso da Neo Química, dona dos naming rights do estádio alvinegro e patrocinadora master, e da Iveco.

Os patrocínios mais recentes são formados por: Galera.Bet, casa de apostas, Mercado Bitcoin, corretora de serviços de intermediação de compra e venda de criptomoedas, Spani Atacadista, rede de supermercados, Guaraná Poty, indústria de bebidas, Totvs, empresa de de software e Levity, marca de água mineral natural. A equipe também conta com a KinesioSport, a bandagem elástica adesiva de alta tecnologia oficial do Corinthians.

No final de 2021, o Timão firmou parceria com o Grupo Taunsa, do setor de agronegócio, responsável pelo retorno do volante Paulinho. Antes mesmo do anúncio, o Meu Timão antecipou, em primeira mão, a novidade para os torcedores corinthianos.

Vale lembrar tiveram outras empresas patrocinadoras ao longo de mais de 100 anos de história. Por muitas vezes, inclusive, o Corinthians recebeu os maiores valores de marcas parceiras em comparação aos demais clubes do Brasil.

Atuais patrocinadores do Corinthians

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