Técnico da base do Corinthians relembra passado de Piton, Varanda e outros jovens no futsal
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Por Meu Timão
Hoje no elenco principal do Corinthians, o goleiro Matheus Donelli, os laterais Lucas Piton e Guilherme Biro, o volante Roni, os meias Vitinho e Gustavo Mantuan e o atacante Rodrigo Varanda iniciaram suas trajetórias nas quadras de futsal do clube.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, o técnico da categoria Sub-18 do futsal corinthiano, Daniel Magalhães, comemorou a conquista dos jogadores que, anteriormente, foram seus atletas. O treinador também ressaltou que a ascensão dos jogadores serve de exemplo para futuras gerações.
O treinador relembrou a transição tardia de Lucas Piton para os gramados. Segundo Daniel, o lateral havia sido convocado para o Mundial de Futsal Sub-18 na Espanha aos 16 anos e, então, contou ao treinador que gostaria de fazer um teste no futebol.
"Eu como funcionário do clube, como formador, conversei com o treinador do futebol, ele passou uma semana treinando com o Leandro (Mehlich) e foi aprovado. E aí teve essa ascensão, logo chegou ao profissional. O futsal é importante neste processo, e é o que o Brasil tem de diferente dos outros países. O atleta é inserido no futsal desde a infância e chega no futebol com uma diferença cognitiva e técnica em relação aos outros", afirmou o treinador.
Um dos destaques mais recentes do elenco de Vagner Mancini também brilhava e decidia partidas pelo futsal alvinegro. O técnico relembrou um duelo em que Varanda saiu do banco e marcou três gols da vitória do Corinthians por 4 a 3 diante pelo Sub-11.
"Lembro dele com 10 anos no sub-11, no primeiro ano da categoria, fizemos um jogo em Diadema contra uma equipe famosa, que é a equipe da Mercedes, o jogo estava enroscado, a gente perdendo por 3 a 1. Então olhei para o banco, vi ele com brilho no olho, coloquei e ele arrebentou. Ganhamos de 4 a 3, ele fez os três gols, em um que até deu um chapéu num menino. Aí depois veio com personalidade falando: "Olha aí, Daniel, tá vendo? Eu tinha que jogar". Aos 10 anos ele já tinha esse brilho no olho", recorda.
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As memórias de Mantuan e Biro arrancaram risadas de Daniel Magalhães. O treinador lembrou de um episódio que levou uma bronca da mãe de Mantuan, já o lateral foi classificado como um "indisciplinado criativo".
"Com o Gustavo Mantuan a gente teve várias passagens, lembro que minha equipe técnica substituiu ele num jogo, e a mãe desceu da arquibancada reclamando (risos). A gente explicava que fazia parte do processo. É um menino maravilhoso, os pais também são", lembrou Magalhães.
"Roni lembro que fez um gol de bicicleta na Federação, com dez anos, um gol que ficou para a história. Biro era um menino bem individualista, conduzia muito a bola e a gente cobrava que ele fosse mais coletivo, que desenvolvesse o jogo de tabela. E aí num jogo ele sai arrastando, dribla todo mundo e faz o gol. Era um indisciplinado criativo (risos)", completou.
Hoje destaque nos treinos do elenco profissional do Corinthians no CT Joaquim Grava e com possibilidade de ganhar uma chance com Mancini, Vitinho marcou o treinador por sua habilidade de, mesmo destro, conseguir finalizar bem com o pé esquerdo.
"E tivemos o Vitinho, que jogou dos seis aos 14 anos com a gente. Ele é destro, aí os caras marcavam ele na direita e ele fazia os gols de esquerda. Ele tinha essa qualidade para finalizar com o pé ruim. A gente tem muita história, muito aprendizado e isso fica de legado para as próximas gerações. Que a criança acredite que tem condição de chegar", concluiu.