Ídolos do Corinthians relembram histórias e prestam homenagem a Gilmar Fubá
1.6 mil visualizações 14 comentários Reportar erro
Por Giovana Duarte, Rodrigo Vessoni e Victor Gomes, na Neo Química Arena
Ídolos do Corinthians fizeram tributo a Gilmar Fubá na Neo Química Arena, na última segunda-feira
Reprodução
Na última segunda-feira, diversos ídolos que marcaram a história do Corinthians se reuniram para homenagear o volante Gilmar Fubá, que defendeu a equipe alvinegra entre 1995 e 2000, e faleceu no último mês de março.
O encontro aconteceu no Camarote FielZone, localizado na Neo Química Arena. O objetivo do tributo a Gilmar Fubá foi arrecadar recursos financeiros para a família do ex-jogador do Timão, e contou com diversos ídolos que marcaram época no Parque São Jorge.
Um ponto em comum entre as declarações dos ídolos alvinegros era muito conhecido por toda a torcida corinthiana: a alegria e a resenha de Gilmar Fubá, que transcendia os vestiários da equipe, seja nos tempos de profissional ou mais recentemente, no time de máster do clube.
"Relembrar um amigo que perdemos, mas que está sempre em nossos corações. É reviver né, os dias que foram muito maravilhosos para nós. São coisas que serão guardadas para sempre. Eu espero que o pessoal possa gravar as histórias de Gilmar Fubá, essa pessoa que foi muito grande e sempre será em nossos corações. Espero que gostem", disse Ezequiel antes do início do evento.
Ricardinho e Zenon dividiram o campo com Gilmar Fubá em épocas diferentes. Enquanto Ricardinho esteve com o volante no final dos anos 90, Zenon dividia o vestiário já no time de máster do Corinthians.
"Quando ele jogava, falava para nós, meias, que não era para marcar com ele. Ele queria marcar sozinho. Falava para gente: 'Dali pra frente é com vocês. Eu roubo a bola e entrego pra vocês criarem as jogadas e a situação de gol, mas deixa que eu marco sozinho'. E era verdade. Tinha um poder de marcação enorme, vitalidade, força e isso contribuía muito pra gente. Era muito importante pro time", lembrou Ricardinho.
"Gilmar Fubá, foi sem dúvida, um dos grandes companheiros que eu tive o prazer de conviver no futebol de masters, porque antes não tive a chance de jogar com ele. Mas foi uma grata surpresa, uma alegria muito grande conhecer uma pessoa do bem, verdadeira. Ele era meu protetor dentro de campo, porque quando íamos jogar, se alguém desse uma pegadinha em mim, ele ia em cima do cara e falava "ó, se prepara que eu vou te pegar, porque você acertou nosso craque". Então posso dizer, que dentro de campo, ele me protegia", destacou Zenon.
Notícias relacionadas
Outros ídolos corinthianos que também prestaram homenagens ao ex-volante alvinegro Gilmar Fubá foram Vampeta, Viola e Ronaldo Giovaneli. Os ex-companheiros de equipe destacaram como era mais fácil levar a vida ao lado de Gilmar.
"Eu sou suspeito para falar do Fubá. Era um dos melhores amigos que eu tinha no futebol, uma amizade muito grande e que faz muita falta. Que Deus o tenha num lugar melhor. Onde ele está, estará sempre muito feliz, sorridente. Faz muita falta, um irmão que fiz na bola", falou Vampeta.
"Todos nós vamos falar a mesma coisa, porque o Gilmar era nossa alegria. Eu não tive a oportunidade de jogar com o mesmo quando éramos profissionais, mas como faço parte do master do Corinthians, em todas as viagens, todos os lugares, o Gilmar era um ser humano que sempre alegrou a todos nós. Uma lembrança que tenho muito do Gilmar foi que no último torneio que tivemos, em Brasília, ele era nosso treinador e teve peito e coragem de colocar quem no banco? Viola. Acredita nisso?", brincou Viola.
"Ele não dava espaço para ninguém. Dentro do vestiário, era só ele, a gente só ria. O Gilmar imitava o King Kong, fazia coisas que a gente morria de dar risada. A gente quase que não conseguia jogar, entrávamos em campo dando risada de tanta palhaçada que esse menino fazia", completou o ex-atacante Viola.
"A gente passou momentos maravilhosos. Falar do Fubá é a coisa mais fácil que tem nesse mundo, porque era um cara sempre alegre. Mesmo nos momentos difíceis, tomando dura, a gente dava dura nele também, mas era um cara muito presente e, com certeza, está aqui hoje. A gente não mede esforços para manter a imagem dele viva, manter a família dele, porque o que ele mais fez pela gente, foi tentar ajudar a gente", pontuou Ronaldo.
Histórias inesquecíveis
O que também não faltou no tributo a Gilmar Fubá foram histórias que marcaram os bastidores do Corinthians. Enquanto Ataliba e Biro-Biro compartilharam momentos já no time de máster do Timão.
"Histórias tem várias. Em um jogo fora, estávamos tomando uma cerveja e ele (Gilmar Fubá) foi ao banheiro e tirou o boné. Chegou um cara falando que o boné era dele e ele deu um pau no cara e não falou nada para gente. Depois a cidade foi em peso em cima da gente e nós ficamos perguntando pra ele o que tinha acontecido, ai ele "Ué, o cara veio tirar meu boné e eu dei uns três socos nele. Só isso", relembrou Ataliba.
"Zoava demais (meu cabelo). Zoava e pegava meu shampoo cheio, meu creme... Só pra sacanear. Passava na careca dele. Era uma pessoa maravilhosa, é um cara que tá deixando muita saudade. Todo lugar que ele passava, ele deixava a alegria dele", disse Biro-Biro, rindo.
Cria das categorias de base do Corinthians, Paulo Sérgio também trouxe uma memória recente com Gilmar Fubá. Os ex-corinthianos se encontraram no Red Bull Bragantino em 2008, quando Paulo Sérgio comandou a equipe.
"É um prazer estar aqui nessa homenagem ao Gilmar. Quando eu parei de jogar futebol, fui o primeiro treinador do Red Bull, hoje primeiro colocado, e levei o Gilmar como uma das opções no nosso elenco e foi um jogador que me ajudou muito no período que estive lá. Sem dúvida um grande amigo", disse.
