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Entenda por que a primeira passagem de Willian no Corinthians vai muito além dos dois gols

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Willian foi a grande joia de um Corinthians bem diferente do atual

Willian foi a grande joia de um Corinthians bem diferente do atual

Reprodução/Corinthians

Willian foi a maior venda da história do Corinthians por anos, surgiu como projeto de craque e se consolidou como jogador de Seleção. Algo que os 41 jogos e dois gols que aparecem no registro da sua estadia no profissional, entre 2005 e 2007, passam longe de transmitir, principalmente para aqueles que não acompanharam o jovem despontar com a camisa alvinegra.

Primeiro, há de se reconhecer que a trajetória real de Willian se inicia no dia 1º de novembro de 2006, quando foi levado por Émerson Leão para um jogo contra o Fortaleza, no Ceará. Pouco depois, naquele mesmo mês, tornou-se titular e já fechou o ano como uma das opções principais de armação da equipe.

Como foi cedido para Seleção Sub-20 na disputa do Sul-Americano da categoria, precisou retomar seu espaço ao voltar, em fevereiro de 2007, mas já maduro o bastante para ser disparado o melhor jogador da equipe. Aí começa o impacto Willian que só quem viu, lembra ou pesquisou consegue dimensionar.

Além dos gols, as assistências

Dois gols em 41 jogos causam até má impressão para alguém que saiu tão festejado, mas uma análise mais aprofundada dá uma dimensão melhor do talento do Willian. A começar pelas participações diretas em gol além de balançar a bola na rede, como o número de assistências.

Mesmo jogando apenas 33 partidas, o armador deu nove passes para gol de companheiros em 2007. Ou seja, somadas aos dois gols são 11 participações diretas em 33 jogos, chegando a uma média de 0,33 por partida. Foi o líder do clube neste quesito naquela temporada - e seria em outras sete deste século.

Elogios dos rivais

Willian encantou até adversários na sua passagem pelo Corinthians, principalmente no primeiro semestre de 2007. O técnico Muricy Ramalho, então no São Paulo, fez questão de cumprimentá-lo no empate por 1 a 1 entre as equipes, no Morumbi, colocando-o como grande jogador para o futuro do país após o duelo.

Edmundo, ídolo do Palmeiras, em entrevista concedida ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, afirmou que "esse menino do Corinthians, o Willian, joga muita bola". Antonio Carlos e Zé Roberto, então no Santos, também valorizaram a capacidade e a personalidade do jovem dentro de campo.

Jogo marcante na Vila

Willian tornou-se referência de vez depois de um clássico contra o Santos, pelo Paulista de 2007. Uma derrota que eliminou o Corinthians das chances de avançar à próxima fase, mas uma atuação formidável.

Com dribles e duelos vencidos a rodo, num tempo em que os sites de estatística não registravam, ele teve participação direta no gol contra de Adailton e amarelou nada menos que cinco adversários. Paulo César Carpegiani, técnico que chegou logo depois, soube ali que ele seria peça essencial no esquema.

Com Willian, um bom time

Willian transformou o time do Corinthians rebaixado no Brasileiro de 2007 em uma equipe que brigava para ir à Libertadores da América. Nos 15 jogos em que atuou naquela edição, viu a equipe somar seis vitórias, seis empates e apenas três derrotas, com aproveitamento de 53,3% dos pontos, que daria algo entre 60 e 61 pontos na tabela ao final do torneio - mesma pontuação do Fluminense, terceiro colocado.

O problema foi que, no meio de uma boa arrancada, ele precisou ser cedido à disputa do Mundial Sub-20, perdendo quatro duelos e voltando machucado. Mesmo com dores no tornozelo, liderou um empate contra o futuro campeão São Paulo e improváveis vitórias frente ao Botafogo, líder na época, e Grêmio, vice-campeão da Libertadores.

O destaque era tanto que chamou a atenção do emergente Shakhtar Donetsk, disposto a investir cerca de 19 milhões de dólares na sua aquisição. Saída que salvou o Corinthians na parte financeira, pagando dívidas como a pelo centroavante Nilmar, mas que acabou com a qualidade da equipe.

Os corinthianos tiveram nos outros 23 jogos da competição sem o craque quatro vitórias, oito empates e 11 derrotas, um aproveitamento de menos de 30%, que acabou resultando no rebaixamento.

Veja mais em: Contratações do Corinthians, Mercado da bola, Base do Corinthians e Willian.

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