Milene relembra crescimento do futebol feminino no Corinthians e valoriza visibilidade da modalidade
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Por Meu Timão
O Corinthians consolidou ainda mais seu time feminino de futebol no último domingo, ao se tornar tricampeão brasileiro na modalidade. Embaixadora da equipe, Milene Domingues falou sobre o crescimento do Timão e da própria modalidade.
O clube do Parque São Jorge reativou sua equipe de futebol feminino em 2016, em parceria com o Audax, e apenas em 2018 o projeto passou a ser independente. Ao relembrar esse período, Milene contou como a equipe teve que conquistar seu espaço para depois ganhar estrutura.
"Se não fosse parceiros, patrocinadores, isso não seria possível. O início da nossa gestão própria, tivemos que ganhar respeito dentro do próprio clube. Era uma modalidade nova, os torcedores, conselheiros, tinham que aceitar. Mas a gente não podia gastar, ser mais um gato. A gente tinha que... primeiro demonstrar que vali pra depois ganhar uma infraestrutura. Normalmente é ao contrário, né. Se estrutura pra ganhar. A gente... se não fosse patrocinador, apoiador, parceiro... BMG fez várias ações, teve ônibus envelopado, a gente chegava com a maior moral, colocaram pessoal pra assistir o jogo... essas ações aproximam o torcedor do time e fazem o futebol feminino ser conhecido. Se a gente não tem essa infraestrutura, não tem como andar", disse Milene em entrevista ao Podpah - veja a entrevista completa abaixo.
O Corinthians conquistou seu oitavo título em seis anos de projeto. Assim, o clube serve de exemplo e é um dos responsáveis pelo crescimento da modalidade no Brasil. Diante disso, Milene expôs como o futebol feminino já "é realidade" no país e relembrou um grande momento vivido pelo Timão.
"Eu não fico muito projetando (o futuro). Mas vejo o que passou, isso me enche de gratidão. e não vai acabar. Eu vivi muitos momentos especiais e bons jogando no Corinthians, fiz preliminares de jogos masculino, jogos no Morumbi, Pacaembu... depois acabou. Voltou, acabou. Hoje não tem mais isso, é uma realidade e não tem fim. É daqui pra mais. Isso me da alegria. A visibilidade maior. A gente tem tudo, um cartão de crédito, capa de jornal, imagina que ia ter isso. Se pudesse ter público, imagina se a gente não ia encher o estádio. Em 2019 ganhamos o Paulista em cima do São Paulo, recorde de público na Arena. Nosso ingressos que custavam R$ 10, R$ 15, foi parar em mão de cambista. Olha isso", afirmou, relembrando a final do Paulista Feminino de 2019.
"Tem uma coisa que acontece muito na modalidade, esse apoio, porque lutamos pelo crescimento da modalidade, não queremos só o Corinthians de case de sucesso, que ganha todo. A gente quer isso pra todos os clubes, é o crescimento da modalidade. Dentro de campo tem a rivalidade, final com Dérbi, Majestoso... nesse jogo do Paulista tem uma foto, ela jogava no São Paulo, elas perderam esse jogo, mas a galera do Corinthians pediu pra tirar foto e ela foi lá, de São Paulo, pra tirar foto com a Gaviões, torcidas organizadas, corinthianos... esse é o futebol feminino, é isso. A gente tem a rivalidade, obvio, mas saiu de lá a gente busca o crescimento da modalidade", disse.
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