Subida repentina, moral e longo 'inverno': Piton retoma espaço no Corinthians
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Por Tomás Rosolino
Lucas Piton estreou no profissional do Corinthians na última partida da temporada 2019, deu uma assistência para o gol de Gustagol e viveu uma trajetória fulminante a partir dali. Depois de altos e baixos, retomou espaço no clube em 2022 e parece viver um início de ano decisivo para sua sequência no Parque São Jorge.
Tirado da Copinha por Tiago Nunes para viajar aos Estados Unidos na pré-temporada corinthiana, foi titular da equipe no começo de 2020 e agradou à torcida, mas acabou caindo de produção com o passar dos jogos. Sidcley e Carlos Augusto passaram a atuar e o jovem ficou para trás.
A saída do segundo e a péssima fase do primeiro fizeram ressurgir a oportunidade para Piton, mas ele não conseguiu dar a resposta esperada. Esteve tão abaixo que o Corinthians foi buscar Fábio Santos para o setor e, mesmo aos 35/36 anos, ele fez desde outubro o segundo maior número de jogos de toda a sua carreira neste espaço de tempo.
Piton chegou a viver um bom momento em 2021, sob o comando de Vagner Mancini, quando o treinador instituiu brevemente os três zagueiros na equipe. Com mais liberdade para atacar, marcou um gol e deu duas assistências em cinco jogos na reta final do Paulista e em partidas da Sul-Americana.
Com a chegada de Sylvinho e a retomada da linha de quatro defensiva, porém, Piton jogou mal em dois duelos contra o Atlético-GO, sendo um deles decisivo para a eliminação na Copa do Brasil. Aí começou o seu "longo e tenebroso inverno", expressão cunhada pelo poeta Luis Guimarães Júnior para descrever um período longe da casa paterna - metaforicamente, da felicidade do lar.
Depois dos jogos contra os goianos, ainda em maio do ano passado, foram quatro partidas com Piton no banco de reservas, voltando a atuar somente contra o Fluminense, no dia 27 de junho, fora de casa.
Essa ausência ainda seria mínima perto da que estava por vir. Lucas ficou três meses sem entrar em campo, recebendo uma nova oportunidade apenas em 5 de outubro, contra o Bahia. Depois de atuar contra o Cuiabá, dia 13 de novembro, foi titular em um a cada três duelos da equipe na reta final.
A série um pouco mais positiva serviu, aparentemente, para dar ao técnico Sylvinho a confiança de escalá-lo como titular neste início de ano. Foi assim que Piton apareceu em ambos os jogos-treino realizados na pré-temporada, contra Internacional de Limeira e Audax.
Contra a Ferroviária, na terça-feira, o mais provável é que ele mantenha a condição e inicie outra vez o ano entre os titulares, agora já sob a pressão de resposta que, mais jovem, talvez não tivesse nas temporadas anteriores. Além disso, a chegada de Bruno Melo é um indicativo de que essa pode ser uma última oportunidade ao garoto.