Xavier some e joga menos de 5% dos minutos do Corinthians no ano; contrato termina em oito meses
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Por Tomás Rosolino
O volante Xavier não entra em campo há mais de um mês e atuou por apenas 117 minutos em toda a temporada mesmo sendo de uma posição na qual Vítor Pereira tem dificuldade para gerir os minutos dos titulares. Nesse cenário, a cria da base alvinegra entra em junho sabendo que faltam exatos oito meses para o fim do seu vínculo com o Corinthians.
Alçado ao time profissional em 2020, por Coelho, o jovem se destacou naquele ano e chegou a ser visto como peça fundamental da equipe. Depois de perder espaço com Sylvinho, que preferia Gabriel, Cantillo e Roni a ele, viu sua minutagem sumir ainda mais com Vítor Pereira.
Com 30 jogos e um total de 2700 minutos regulamentares durante o ano, o Timão teve o marcador no seu meio-campo por apenas 4,4% da minutagem possível para um atleta em 2022. Para se ter uma ideia, Du Queiroz atuou 1913 minutos até aqui na temporada, 16 vezes mais do que o concorrente.
Utilizado em apenas uma partida por Vítor Pereira, o empate por 1 a 1 com a Portuguesa-RJ, Xavier foi mal no lance do gol adversário, perdendo uma bola no campo de defesa. Na entrevista pós-jogo, o comandante elogiou sua capacidade física, mas fez pedidos por melhora.
"O Xavier sabe perfeitamente, desde o primeiro treino que fez comigo, que ele é uma força da natureza. Para jogar como primeiro volante, é preciso ter qualidades, é preciso ler a pressão antes de recebermos a bola, é preciso ler o lado contrário, circular a bola para buscar os corredores. Esses são todos aspectos que o Xavier tem qualidade, mas outros precisa melhorar para ter mais tempo de jogo", disse Vítor Pereira.
Com o vínculo válido até 31 de janeiro de 2023, Xavier tem o terceiro vínculo mais curto dentre os atletas com direitos federativos pertencentes ao Timão - ou seja, excluindo os emprestados. Apenas o meia Ruan Oliveira e o goleiro Guilherme Vicentini, que nem sequer atuaram no ano, terminam seus contratos antes.
Dentre os jovens alçados da base nos últimos anos e aproveitados com frequência no profissional, apenas ele não teve o vínculo renovado pela diretoria. A falta de tempo de jogo, é claro, não ajuda.