Castán relembra conquista da Libertadores pelo Corinthians e elenca episódios marcantes
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Por Meu Timão
Nesta segunda-feira, o Corinthians celebra o aniversário de dez anos de sua única conquista da Copa Libertadores. Um dos pilares da equipe campeã, o zagueiro Leandro Castán relembrou episódios marcantes da campanha vitoriosa de 2012.
O primeiro grande momento lembrado pelo defensor foi uma bela defesa do goleiro Cássio ainda nas quartas de final, contra o Vasco, no Pacaembu. No lance, Diego Souza, um dos principais jogadores do time carioca, ficou cara a cara com o arqueiro corinthiano e o viu operar um milagre com a ponta dos dedos.
“Eu lembro aqui que foi uma bola parada a favor nossa, escanteio. Eu estava na área para cabecear e aí eu sei que o Vasco tira a bola e cai no pé do Alessandro. Eu lembro que, quando a bola caiu no pé dele, eu corro para o segundo pau pra esperar a cavada. Quando o Diego Souza vem e trava ele e a bola corre, eu parei de correr. Eu só fiquei ‘ai, meu Deus do céu, tira essa bola, pelo amor de Deus’, eu fiquei ali torcendo, porque não tinha mais o que fazer. A hora que a bola resvala, cai certinha pra ele. Só o Cassio poderia fazer alguma coisa ali. E lembro que, quando o Cássio fez aquela defesa ali, eu disse ‘cara, a gente vai ser campeão", disse Castán, à TV Gazeta.
Ainda assim, na avaliação de Castán, o adversário mais difícil veio na rodada seguinte. O ex-camisa 4 do Corinthians relembrou também o confronto contra o Santos, o qual classificou como mais complicado daquela edição do campeonato.
“Tinha um grande time, se a gente vacilasse um segundo, poderia perder a qualquer momento. O Neymar podia fazer uma coisa diferente, o Ganso com uma bola ou outro. Para mim, o Santos, porque o ataque do Santos era muito forte e eu, como zagueiro, tinha que estar o tempo inteiro concentrado. Então coloca o Santos como adversário mais forte”, classificou o ex-jogador do Corinthians.
Após eliminar Vasco e Santos, respectivamente, o Corinthians encontrou o Boca Juniors, da Argentina, na decisão final. O confronto de ida terminou em 1 a 1 e ficou marcado pelo gol do atacante Romarinho, novidade promovida pelo técnico Tite durante o segundo tempo da partida.
“Cara, eu não entendi nada (quando o Romarinho entrou). (...) O legal do nosso grupo era isso, se você está bem, você joga. E, cara, quando ele entra em campo, eu penso ‘estamos com um a menos, o cara não vai nem tocar na bola, na Bombonera, jogo pegando fogo, 1 a 0 para os caras’. Que loucura! E o pior em tudo, não foi qualquer gol, ele cavou”, relembrou Castán.
O outro grande herói da decisão foi Emerson Sheik. O camisa 11 do Timão anotou os dois gols da finalíssima no Pacaembu e foi exaltado por Leandro Castán dez anos após a conquista da América do Sul.
“O Sheik era imprevisível, você não sabe que horas ele vai chegar no treino, se vai chegar, o que ele vai fazer no jogo. Cara, ele era o ponto fora da curva do nosso time, todo mundo muito profissional, dedicado, ele também era dedicado, mas ele era polêmico e gostava disso. Isso era legal porque levava o time a pensar ‘esse cara é maluco’, isso era legal. Quando chega na final, na preleção, o Tite falou ‘não vamos entrar em provação, Sheik, não vai entrar na provocação dos caras’. Acho que ele falou o nome dele. Ele deitou até nisso, fez dois gols na final, sou muito amigo dele”, contou o zagueiro.
“Foi uma loucura. Lembro que a família estava no Pacaembu, tinha filho pequeno. Aí eu disse ‘essa festa não vou perder’. Eu lembro que eu peguei uma van com o Fábio Santos e o Douglas, a gente foi para o Anhembi, minha esposa foi com meu filho para casa. E foi legal para caramba, uma emoção muito grande, porque hoje eu sei o que a gente fez, mas naquele momento eu queria curtir, porque parecia que tinha saído uma tonelada de mim. E eu sabia que era o meu último jogo no Corinthians, era muito especial para mim. E tínhamos conquistado o primeiro (título)”, finalizou Castán, sobre a festa do título.