Boca Juniors volta a pedir que torcedores não cometam racismo em jogo contra o Corinthians
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Por Meu Timão
O Corinthians visita o Boca Juniors nesta terça-feira, às 21h30, para definir quem avança às quartas de final da Libertadores. Horas antes do duelo, o clube argentino emitiu um comunicado onde solicita à torcida que não cometa atos racistas na partida.
"Diante da revanche contra o Corinthians do Brasil, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, o Boca Juniors chama mais uma vez à reflexão os torcedores para viver a partida desta terça na Bombonera com paixão, mas longe de todo tipo de manifestação racista", escreveu o clube.
"Esta nova partida contra uma equipe do Brasil representa outra oportunidade para rechaçar qualquer ato xenófobo que ataque os direitos de qualquer grupo e para demonstrar o aprendizado dos episódios recentes, que não apenas causam dano à imagem do clube como também à economia", adiciona o Boca Juniors.
A nota é semelhante ao pedido publicado na semana passada, quando as equipes se encontraram na Neo Química Arena, em Itaquera, pelo jogo de ida. O comunicado postado há sete dias não surtiu efeito: três argentinos foram presos em São Paulo por atos racistas. Suas fianças eram de R$ 20 mil cada.
A Conmebol anunciou, no último mês de maio, mudanças em seu código disciplinar em razão do aumento de casos de racismo na atual edição da Libertadores. O documento prevê que as punições incluem multa de até US$ 100 mil (cerca de R$ 500 mil) e portão fechado do estádio (parcial ou totalmente). O Boca Juniors, inclusive, foi punido no valor máximo pelas ações de sua torcida.
Em tempo: Corinthians e Boca Juniors empataram o jogo de ida na Neo Química Arena. Nesta terça-feira, as equipes se encaram na Bombonera, às 21h30. Quem vencer, avança às quartas. Se o empate permanecer no placar, a decisão será nos pênaltis. O vencedor enfrenta Flamengo ou Tolima nas quartas de final.
Casos consecutivos
No primeiro jogo entre as equipes, ainda pela fase de grupos, um torcedor argentino foi preso em flagrante na Neo Química Arena. Leonardo Germán Ponzo pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado. A denúncia foi recebida pela Justiça brasileira e o torcedor do Boca Juniors deve ser intimado. Ele responderá em liberdade.
Na Bombonera, também pela fase de grupos, a torcida local imitou macacos em direção aos corinthianos.
Confira a nota completa do Boca Juniors
Diante da revanche contra o Corinthians do Brasil, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, o Boca Juniors chama mais uma vez à reflexão os torcedores para viver a partida desta terça na Bombonera com paixão, mas longe de todo tipo de manifestação racista.
Esta nova partida contra uma equipe do Brasil representa outra oportunidade para rechaçar qualquer ato xenófobo que ataque os direitos de qualquer grupo e para demonstrar o aprendizado dos episódios recentes, que não apenas causam dano à imagem do clube como também à economia. O Boca, vale dizer mais uma vez, não discrimina.
Cabe recordar mais uma vez que a Conmebol endureceu severamente as multas aos clubes participantes em casos de racismo e que a reiteração destes comportamentos não apenas podem acarretar penas econômicas maiores, mas também até o fechamento do estádio. Da mesma forma, de parte do clube esse tipo de conduta implica uma ação que pode ser passível das sanções mais duras previstas no estatuto, como a expulsão da condição de sócio ou sócia.