Vítor Pereira admite futebol abaixo, mas valoriza competitividade dos jogadores do Corinthians
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Por Guilherme Célio, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
O Corinthians enfrentou o Santos na noite da última quarta-feira e, mesmo com a derrota, garantiu uma vaga nas quartas da Copa do Brasil. Na entrevista coletiva após a partida, o treinador Vítor Pereira falou sobre a dificuldade que o número de desfalques gera para a equipe e o que eles podem acrescentar quando retornarem.
“Lógico que nós naturalmente perdemos qualidade no nosso jogo, perdemos qualidade ofensiva no nosso jogo, mas continuamos a ser uma equipe competitiva, continuamos a ser uma equipe que não é fácil de entrar. Exceção ao jogo do Fluminense, o jogo do Fluminense foram mexidas a mais, não teve outra possibilidade, mas quando jogamos com uma equipe mais ou menos equilibradas não é fácil, mesmo sem ter algumas opções competimos sempre, somos competitivos e lutamos sempre pelos três pontos", iniciou o treinador.
"Não da forma que eu gostaria, mas de uma forma… ou seja com uma consistência defensiva grande e depois a fazer um ou outro gol, claro, temos feitos poucos ultimamente, mas com esta a gente que está para voltar a qualidade de jogo vai ser melhor e vamos fazer um jogo com mais qualidade”, continuou.
O português comentou sobre a força ofensiva que a equipe acabou perdendo com as lesões e vendas. O técnico também analisou outros atletas que estão fora há bastante tempo e que são peças fundamentais para a parte ofensiva do time.
“Por tudo que já referi, perdemos soluções no ataque, Willian é muito importante para nós, Mantuan é importante para nós, Júnior Moraes é importante para nós, o Mosquito é importante para nós. Tivemos uma sequência de jogos com Adson, que não é um jogador de ponto físico forte, tem dificuldades para recuperar de um jogo para o outro, teve que jogar sempre, Róger foi obrigado a jogar sempre", disse.
"É natural que aconteça alguma fadiga, e o meio de campo também com muitos jogadores fora, Renato muito tempo fora, Maycon muito tempo fora, Paulo muito tempo fora. São jogadores que nos dão qualidade ao processo ofensivo da equipe. Depois Fagner fora, que também nos dá qualidade ofensiva. João Victor foi embora, Jô foi embora. Já falei de tantos jogadores, quando tivemos mais funções, tivemos outros argumentos, e não só as opções defensivas, que tem dado muita resposta e vamos dar resposta ofensivamente”, complementou.
Projetando uma possível volta de alguns jogadores que estão lesionados, Vítor Pereira analisou o que a sua equipe ganharia com a recuperação dos atletas. O técnico valorizou o fato de ter mais opções para escalar a equipe e a qualidade técnica que esses atletas podem acrescentar.
“Essencialmente, tivemos muito tempo sem alguns jogadores importantes, continuamos sem alguns jogadores importantes… Não vou aqui lembrar os nomes todos, mas muitos jogadores importantes e tivemos uma sequência de decisões e acredito que com a vinda de mais jogadores, em primeiro lugar vamos ter mais funções, com mais funções a gestão física pode ser melhor", analisou o português.
"Depois, jogadores com qualidade técnica que vão dar ao nosso jogo mais dinâmica, mais qualidade técnica e melhor dinâmica do ponto de vista ofensivo, vai nos obrigar a ter mais bola, não vamos precisar ficar tanto tempo no sistema defensivo, porque não sou um treinador que gosta de defender e ver a outra equipe com a bola, não gosto, não sou um treinador eu isso entusiasma, mas é um jogo que nós fomos obrigados a fazer para dar resposta a essa sequência de jogos e com o esforço de toda gente, com caráter, com dedicação, com determinação, com organização, estamos na luta", valorizando o esforço da equipe.
O treinador ainda falou sobre o zagueiro Raul Gustavo. Vítor comentou sobre o emocional do jogador, que muita das vezes atrapalha a equipe. O português cobrou mais maturidade do jogador e espera que o atleta reflita com os erros.
"Não falei do Raul, tem que de fato ter mais juízo, mais maturidade, maturidade não é só tática, é emocional. Já falei pra ele, se quiser passar a outro patamar em termos de jogo tem que ter mais maturidade para gerir esse tipo de situação, se não nunca vai sair desse patamar, e ele tem qualidade para passar. Mas é um miúdo, tem que aprender com os erros, tem que refletir com os erros, tem que ter mais calminha no momento de aperto”, finalizou.