Laerte Biazotti
O Corinthians precisa virar empresa. Conquistar a confiança do torcedor é lhe dar o direito de acionista. Hoje o clube tem dono e esses donos querem tirar dinheiro dos torcedores
em Bate-Papo da Torcida > Um passo inevitável para o Corinthians e todos os grandes times de...
Em resposta ao tópico:
Ter streaming próprio.
A era da TV está acabando. A Globo já notou isso e migrou todos os investimentos para o Globoplay, porque sabe que é ai que está o grosso da grana do entretenimento hoje em dia. Cada dia a publicidade da TV paga menos porque a cada dia ela vale menos a pena (isso também migro para a Internet, onde algoritmos potencializam sua eficiência). Isso pressionou o lucro líquido da emissora, mas é um passo inevitável para mantê-la viva. Mas já contando com cerca de 30 milhões de usuários no mundo, a plataforma está praticamente autossustentável, um feito notável, já que a carga de investimento para um streaming em seu início é colossal.
Sob os princípios mercadológicos de personalização, identidade e eficiência, a tendência é o mesmo acontecer com os clubes. Os direitos de transmissão são dos times envolvidos e das confederações que organizam as competições (mesmo estas não os tem totalmente, vide o esboço da Superliga Europeia), não as emissoras. Com a pressão e negociação política certa, dá pra conseguir ter direito a transmitir todos os jogos do qual o Corinthians participa, não apenas como mandante.
A partir dai, construir um streaming próprio, com preço muito mais acessível que o Premiere (que transmite jogos de todos os times, mas não todos os jogos de todos os times) e ainda incluir outras modalidades no pacote (futebol feminino, basquete, futsal, e-sports, etc). Se não fizermos isso, o Palmeiras vai, o Atlético vai, o Flamengo vai, o Inter vai... Alguém vai. Quem der a largada primeiro vai ter muita vantagem em relação ao resto. Resta ao Corinthians se organizar para estar a frente do resto.
Para efeito de comparação - um serviço de streaming de 20 reais do Corinthians sendo assinado por 1 milhão de pessoas (expectativa bem pessimista) pagaria anualmente 240 milhões reais (recebemos 160 milhões hoje). Com certeza cobriria os custos de transmissão. Se 10% da fiel assinasse, seriam 3 milhões de assinaturas, 720 milhões reais brutos, mais do que arrecadamos hoje somando tudo.