Alexandre Silva
Que W10 é um jogador diferenciado, tecnicamente acima da média, disso todo mundo sabe.
Mas o que surpreendeu a mim e acredito que a muitos que assistiram ao jogo de domingo foi a velocidade e intensidade que esse garoto de 33 anos e recém recuperado de lesão muscular mostrou durante quase 90 minutos.
Ele dava o tapa na bola com o adversário a uns dois ou três metros dele e conseguia sair na frente. Girava em cima do marcador com uma facilidade incrível. Conseguia achar espaços na marcação dupla ou tripla. E de quebra auxiliou a marcação realizando três desarmes. Sua insatisfação ao ser substituído me passou a impressão de que poderia jogar até uma prorrogação, se houvesse.
Muito dessa característica de jogo pode ser explicada pelos 14 anos em que atuou no futebol europeu, especialmente os últimos 8 anos em que atuou na Premier League defendendo principalmente o Chelsea. Quem acompanha o campeonato inglês sabe que intensidade e velocidade marcam presença em praticamente todos os jogos, bem mais do que no brasileirão.
Acredito que se o William tivesse chegado no começo da competição, com uma sequência de jogos sem ser atrapalhado por lesões, seria seríssimo candidato a melhor jogador do país, pois na minha opinião tem mais recursos técnicos do que Hulk, Arrascaeta, Rafael Veiga, entre outros.
Enfim, será peça fundamental para o 'projeto Guayaquil', cidade sede da final da Libertadores do próximo ano. Melhor seria tal projeto se fosse comandado por um treinador mais preparado que o professor Sylvinho.
