Vinicius Bordignon
Não quero ser mais um a vir tacar pedra e ser engenheiro de obra pronta, mas algumas coisas apenas se confirmaram ontem.
Segundo o comentarista/repórter da SBT ontem, o Corinthians é o vigésimo em finalizações no campeonato brasileiro, ou seja, o último (não chequei a informação, estou apenas replicando o que foi dito). De qualquer forma, caso não seja o último, com certeza é um dos últimos. Time cria pouco, chega pouco e chuta pouco. Um time que tem jogado sempre com 3 volantes no meio-campo e aposta nas chegadas na linha de fundo, pouco criativo e mais reativo. Até aí tudo bem, sem problemas, temos que jogar com base no nosso material humano. Entretanto, se olharem os poucos lances de linha de fundo ontem, não tinha ninguém do Corinthians na área! Só se via um mar de camisetas do Flamengo. Obviamente, raramente sairá um gol assim. Depois do gol sofrido, no retorno para o 2o tempo, o Corinthians se atirou muito mais, o que já era esperado por estar precisando do resultado, criando mais chances do que estamos acostumados a ver. Claro, isso tem um preço, que é o time muito mais exposto.
O que quero dizer com isso é que, na minha opinião, ficou claro que o time estava com medo de atacar, o que é inadmissível em uma partida de mata-mata jogada em casa. Obviamente tudo precisa ser equilibrado, mas se acovardar em casa não dá. Na nossa casa, quem tem que se impor somos nós, independente do time que seja, é o básico para quem almeja algo. Como exemplo, cito o Athletico PR, time que usa o seu mando como poucos nesse tipo de competição.
Como já li várias vezes aqui, com razão, nossos tão badalados reforços não jogam, será que o Corinthians realmente se reforçou bem?
Por fim, para deixar claro, acredito nesse elenco com todas as limitações. Copa do Brasil estamos vivos sim e Brasileiro também. Precisamos ser realistas, é difícil mas temos condições de conseguir algo esse ano. Quanto a Libertadores, todas as estatísticas e o futebol apresentando jogam contra, mas ficarei até a próxima semana sonhando com esse milagre. Por que não?