Alvaro Puntoni
Ridícula e cruel esta inquisição em que estão submetendo um jogador de futebol porque não alertou ao arbitro que teria marcado um gol de forma irregular para ter o gol anulado.
Primeiro: quantas vezes na história do futebol tivemos uma situação como esta? Porque seria agora? Quem não comemora até hoje o passinho para fora da área do Nilton Santos em 62, ou a cotovelada do Pele no defensor uruguaio em 70, ou até mesmo o gol de Maradona contra a Inglaterra em 86?
Segundo: no calor da partida, em que o time já havia reclamado de duas penalidades (uma das quais foi de fato) e o juiz havia rispidamente interpelado o jogador Jô, porque ele deveria tomar tal atitude. E o jogador Breno do Vasco, poupado pelo ataque da mídia: deveria ter levantado a mão e acusado o pênalti cometido sobre o Jô?
Terceiro: a imprensa está lutando contra a imagem: O jogador não meteu a mão na bola, como fez o venerado Maradona ou o Adriano (quando jogava no São Paulo naquela semifinal do Paulista). Ele tenta cabecear a bola, fura BIZONHAMENTE a cabeçada e a bola bate no antebraço (que faz parte do corpo do atleta que estava indo em direção a linha de fundo). Ele não fez um movimento deliberado do braço para colocar de forma consciente e malandra a bola dentro do gol. Foi um acidente. Que poderia ter custado a anulação do gol se visto pelo árbitro.
O Vasco foi prejudicado. Ok. Mas não se lembra que na derrota de 5 a 2 no primeiro turno o Luis Fabiano marcou o gol de empate de forma parecida: cabeceou a bola que bateu no braço entrou no gol de Cássio. Não por isso Eurico Miranda foi fazer discurso no final da partida.
Finalmente, não será por este lance que o time será campeão. Assim como não será pelos gols legítimos anulados contra Flamengo e Coritiba que deixará de ser campeão.
Menos, imprensa esportiva!
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