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Um olhar otimista sobre as falas do treinador do Corinthians, Vítor Pereira
Ana Paula Araújo

Engenheira de formação, mas corinthiana de alma. Deixei a profissão para fazer parte dessa família desde 2013.

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Um olhar otimista sobre as falas do treinador do Corinthians, Vítor Pereira

Coluna da Ana Paula Araújo

Opinião de Ana Paula Araújo

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Um olhar otimista sobre as falas do treinador do Corinthians, Vítor Pereira

Vítor Pereira pediu para não colocarem o Corinthians como postulante a títulos em 2022

Foto: Rodrigo Vessoni/ Meu Timão

O assunto da semana sem jogos do Corinthians é certamente a dúvida sobre a permanência de Vitor Pereira à frente do Corinthians na próxima temporada.

Declarações do treinador têm preocupado a Fiel sobre quem será o comandante da equipe em 2023. Alguns trechos ditos pelo português na palestra do evento Brasil Futebol Expo chamam a atenção e ligam o alerta do torcedor.

" (...) Mas é isso, o futebol brasileiro é um desafio muito grande pela falta de tempo, o calendário dificílimo, viagens constantes, temperatura", afirmou.

"Eu tenho que confessar, já estive em vários países, é o primeiro que eu praticamente não tenho vida. Não tenho tempo pra viver, é uma vez ou outra no restaurante, jantar, mas sem tempo para conhecer o Brasil. Viagens com jogo, mas é uma experiência fantástica não poder treinar, ter equipes que nos dão dificuldades variadas. Jogamos com Palmeiras é um jogo, Flamengo é outro, Fluminense outro, e isso me faz crescer como treinador", disse o treinador.

"Experiência difícil, mas enriquecedora. Tem me feito evoluir. A distância da família é complicada, eles precisam de mim, tenho três filhos, precisam de mim mais perto, ter mais tempo, vieram pra cá duas vezes, tive pouco tempo com eles, mas isso já aconteceu na China, outros países, deram a volta ao mundo. Isso é o que pagamos quando optamos por essa profissão", finalizou.

Vemos nessas declarações que ele destaca as dificuldades de treinar o Corinthians, tanto pelos desafios dos campeonatos, quanto pela ausência da família. Porém, ele fala sobre já conhecer esses percalços e sobre gostar dessa nova dificuldade que o faz crescer como profissional.

Quando chegou ao Timão, veja o que ele disse.

"Nós vamos dar tudo, orgulho grande em vestir essa camisa, é o mais importante. Eu e o Corinthians temos um pouco do mesmo DNA. Eu sou um pouquinho louco (risos). Escolho sempre projetos que me desafiam, projetos com paixão, como é o caso deste do Corinthians", completou o português.

"Há qualidade no Corinthians, mas o futebol brasileiro é um grande desafio para mim: jogar de três em três dias, grandes viagens, provavelmente não vou ter muito tempo para treinar. Mas é a realidade, vou me adaptar a isso. Eu preciso me desafiar, eu preciso me sentir pressionado", contou.

Fala que gosta da pressão, gosta do calor da torcida e já, naquele início, sabia das dificuldades de ter que viajar tanto e do campeonato. Ele já sabia.

No mesmo evento, o treinador voltou a citar a influência da família na decisão de ficar ou não no Corinthians.

"(Me) Imagino no futebol, porque não no Corinthians? Depende. Vou deixar pro final do ano, vamos ver bem a situação, familiar, pessoal, vamos tomar decisões, se o Corinthians for conversar comigo, vamos conversar. Eu tenho interesse, é um clube grande, desde o início fui claro, honesto, só no final irei tomar decisões", falou.

Desde que chegou ele já diz que deixaria a decisão para o final do ano, assim como todos estávamos cientes da situação familiar. Para uma pessoa, em qualquer profissão, não ter que consultar a família e considerar seu bem-estar, só se ela não tiver família. Isso sempre foi fator determinante em todos os ramos, por que não no futebol?

E quanto ao título da coluna, explico: não estou colocando Vítor Pereira acima de críticas. Seu trabalho é, muitas vezes, digno delas. Ele mesmo afirma isso ao reconhecer erros. Mas estou considerando a importância de um trabalho com continuidade, de um projeto, da permanência da mesma pessoa à frente do comando da equipe para que o Corinthians possa, enfim, almejar algo de forma real nas próximas temporadas.

Repito o que venho dizendo há tempos: se o Corinthians for campeão da Copa do Brasil, é acidente. Nem a diretoria, nem o treinador, nem comissão técnica acreditaram em títulos para 2022. As temporadas anteriores têm mostrado que o troca-troca de treinador não é o caminho para o sucesso.

Se o Vítor Pereira realmente não ficar, a diretoria certamente já sabe e deve estar preparada para trazer o novo comandante. E a Fiel, que sempre sofre com as consequências das escolhas do mandatários, se blindar para mais um ano ruim. Sim, ruim, porque dificilmente alguém chegará para resolver algo imediatamente. Precisa de tempo. E é por isso que acho de suma importância que o português fique: para ter pré-temporada.

Se ele ficar, ele já conhece o plantel, pode trazer novos nomes junto à diretoria. E aí, meus amigos, acredito em um 2023 melhor para a torcida. Só assim.

E é por isso que acredito que ele deve ficar. Porque será no ano que vem que ele terá tudo que pediu e almeja. Tempo e reforços.

"Claramente que é um clube muito grande, de uma ligação mundial com a história, que está à procura de volta a vencer. E esse é o desafio. Nós podemos prometer que vamos dar tudo de nós, vamos viver o clube com paixão, com compromisso total e dar o melhor para a equipe ser competitiva. E vamos ver se com o tempo podemos dar alegria aos nossos adeptos", disse quando chegou ao Timão.

Vítor Pereira está longe de ser perfeito, mas quem é? Só que é o treinador mais competente e experiente que passou por aqui desde muito tempo. Precisa ficar.

O momento agora é de apoiar o Corinthians na decisão contra o Fluminense. É mais uma guerra que a equipe travará. A guerra não só dentro dos gramados, mas fora deles também. É guerra contra o mau planejamento de anos, as lesões, os desfalques e até mesmo contra quem quer tumultuar nessa hora "H".

Calma, Fiel! Vamos ser otimistas.

Veja mais em: Vítor Pereira e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Engenheira de formação, mas corinthiana de alma. Deixei a profissão para fazer parte dessa família desde 2013.

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