O Corinthians saiu de todos os campeonatos que disputou na temporada 2023 e agora foca suas forças no Brasileirão. Infelizmente, esse foco não é voltado para o que a torcida gostaria que acontecesse — a briga pelo título. O negócio agora é fugir do rebaixamento e isso tem se tornado cada vez mais complicado.

Na rodada atual, praticamente tudo que não poderia acontecer, aconteceu. Vasco, Bahia e Goiás venceram seus jogos. O Santos joga hoje (19), às 20h, e o Cruzeiro às 19h, todos antes do Timão. Se essas equipes vencerem ou, pelo menos, pontuarem, a pressão em cima do time de Mano Menezes vai ser ainda mais absurda.

A perspectiva só piora quanto olhamos o retrospecto do Timão fora de casa. É desesperador. Em 13 partidas em casas rivais, o time paulista contabiliza duas vitórias, oito derrotas e três empates.

O último triunfo em domínios alheios foi em julho, contra o Atlético-MG, com aquele gol de Róger Guedes.

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Para a coisa ficar ainda pior (se é que é possível) vemos o Fluminense como um dos melhores mandantes do nacional. Foram 14 jogos em casa e estrondosas dez vitórias, com três empates e apenas uma derrota.

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A título de curiosidade, fui ver com quantos pontos e em qual colocação o Corinthians estava no Campeonato Brasileiro de 2007, ano do rebaixamento, após 26 rodadas. A imagem abaixo pode ser representada por uma palavra: desespero.

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E na rodada seguinte, a 27ª, já estava no Z4, com 33 pontos.

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São mais 12 rodadas pela frente, 36 pontos a serem disputados. A nota de corte é 45. Ou seja, há possibilidade de fazer a pontuação mínima e se safar de uma nova Série B. Mas se olharmos o geral, notamos que vencemos apenas sete jogos em 27. É pífio esse desempenho.

Se fizermos uma continha básica aqui de matemática, uma regra de três, vamos ver que se em 26 rodadas o Corinthians venceu sete jogos, em 12 vai vencer apenas três. Se empatar igual vem empatando, podemos contar com mais quatro empates. Somando tudo, 13 pontos. 31 com 13 dá 44... Tudo isso é difícil de prever, já que futebol não é exato, mas preocupa demais.

O que resta para nós, torcedores, é empurrarmos o time com toda nossa força e paixão, cantar o tempo todo e vibrar positividade para que Mano Menezes ilumine os jogadores e dê uma guinada nessa situação caótica. É o primeiro passo para a mudança. Resolver esse problema pontual e, ano que vem, pensar grande para solucionar os problemas maiores que são, sem sombra de dúvidas, partes da equação do fracasso do clube.

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