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A base não pode ser só uma cortina de fumaça
Andrew Sousa

25 anos, formado em Jornalismo na Univali e fiel desde o primeiro de seus dias.

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A base não pode servir como cortina de fumaça

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A base não pode servir como cortina de fumaça

Cauê tem que ser o titular contra o Red Bull Bragantino

Foto: Rodrigo Gazzanel/Ag. Corinthians

O constrangedor empate sem gols diante do Vasco na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro ligou um sinal de alerta na torcida do Corinthians. Decisões equivocadas, dificuldades para dar passes simples: sem reforços, o que esperar desse time para a próxima temporada?

De forma justa e compreensível, os questionamentos tomaram conta da internet. Veio a coletiva de Vagner Mancini e uma revelação animadora: a partir do dia seguinte, sete jogadores da base iriam treinar com os profissionais.

A mudança foi imediata. Da total insatisfação com o jogo para o ânimo: "Cauê sobe? Adson vem aí? Du Queiroz vai ter chances?". A torcida sabe que esses garotos podem ser o respiro para o delicado momento financeiro do clube.

Veio a integração e ares novos pareciam soprar no CT Joaquim Grava. Pareciam: contra o Internacional, Matheus Araújo e Cauê viram do banco Otero e Jô começarem entre os titulares, além das entradas de Camacho e Marllon.

Nova coletiva e o discurso se mantém: "as portas estão abertas para a base, espero que eles aproveitem". Agora, porém, há uma ressalva: o processo talvez seja demorado, já que ele precisa acompanhar os garotos nos treinos. Banho de água fria.

Agora, o Corinthians se prepara para encarar o Red Bull Bragantino com um desfalque certo: Jô. Na lista de relacionados, há apenas um jogador que faz a função do titular alvinegro no último confronto: Cauê. Chegou a hora dele?

Espero que sim. Escalar o garoto no comando de ataque é tirar o discurso do papel e finalmente colocar a tal filosofia nova em prática.

Qual vai ser a desculpa se Léo Natel começar entre os titulares?

Dias antes do duelo contra o Vasco, Mancini evitou falar no projeto da próxima temporada. Logo depois da atuação patética, abriu os braços para a base e cravou mais de sete promoções. Havia essa vontade ou os garotos serviram de cortina de fumaça?

Na quinta-feira, diante do Internacional, vejo que o técnico já desperdiçou uma clara chance de mostrar que o interesse é mesmo em abrir as portas para as promessas. Sem Mosquito, Gabriel Pereira ficou na reserva para Ramiro. Entre os titulares, somente Roni representou o Terrão.

O Paulistão é o lugar para mudar isso. E não há motivos para adiar. Em qualquer outro clube, nomes como Gabriel Pereira e Cauê já estariam sendo testados. Ou você acredita que GP não teria sido titular nenhuma vez em toda a temporada se vestisse outra camisa? Ainda mais concorrendo com Everaldo, Léo Natel, Jonathan Cafu...

Mancini pediu e a torcida está preparada. A Fiel quer ver os garotos e tem de ter paciência com eles. Difícil mesmo vai ser manter a calma vendo tanta gente ruim empilhando oportunidades e os garotos olhando tudo do banco.

Sem Jô, Cauê tem que ser titular contra o Red Bull Bragantino. Se não for, é hora de rever os conceitos e ser sincero com a torcida: a idade ainda prevalece no CT Joaquim Grava.

Veja mais em: Corinthians Sub-20, Base do Corinthians e Campeonato Paulista.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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