De um Dérbi ao outro: 130 dias de mudanças no Corinthians que vão muito além de Mancini
Opinião de Beatriz Zoccoler
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130 dias, 22 jogos e três técnicos depois do último encontro, Corinthians e Palmeiras farão o clássico do segundo turno do Brasileirão. Esse será o primeiro Dérbi de 2021 e promete ser um confronto bem diferente - e mais esperado - do que aquele do dia 13 de setembro de 2020. Durante esse tempo que separa os dois jogos, o Corinthians passou por uma montanha russa na temporada. O que mudou de lá pra cá? Tudo.
Era o oitavo jogo do Corinthians no Campeonato Brasileiro e o Timão ia para o embate com duas vitórias, três empates e duas derrotas na bagagem. Sob o (último) comando de Tiago Nunes, vimos uma derrota - com direito a Fagner e Danilo Avelar expulsos - por 2 a 0 em plena Neo Química Arena. Esse resultado deixou o time na 13ª colocação e com nove pontos, perigando próximo à zona de rebaixamento.
Os 11 titulares naquela ocasião foram Cássio; Fagner, Gil, Danilo Avelar, Lucas Piton; Gabriel, Cantillo; Ramiro, Otero, Gustavo Silva; Jô. Desses, oito podem estar novamente em campo para enfrentar o Palmeiras e têm chances de sair da casa do arquirrival com os três pontos. E por que não aconteceu dessa forma na primeira parte do campeonato? Simples, apesar de serem os mesmos atletas, não estavam rendendo tudo o que podiam, o coletivo não tinha padrão... Vocês sabem, outra realidade, outro time.
Desde aquele dia, muitos fatores fizeram o Corinthians se transformar no que é agora. Um mês depois da derrota, no dia 13 de outubro, Vagner Mancini tinha acabado de ser anunciado como técnico do Corinthians. O time estava em 17º lugar, com 15 pontos somados e há cinco rodadas sem vencer. Além disso, durante esse mês que sucedeu a derrota no Dérbi, o Timão foi comandado por Dyego Coelho, passou pelo episódio do aeroporto, anunciou Cazares e perdeu Danilo Avelar por lesão.
No mês seguinte, mais precisamente no dia 13 de novembro, o Corinthians subiu posições e voltou ao 13º lugar deixado por Tiago Nunes. Nesse intervalo, vivenciamos a eliminação na Copa do Brasil, o 5 a 1 para o Flamengo, a perda de Mantuan e estávamos próximos de ver a última derrota do Corinthians até o presente momento. Entretanto, também tivemos coisas positivas: o retorno de Fábio Santos, a vitória em cima do - até então - líder Internacional, a chegada do Jemerson e o melhor: vimos a evolução do Corinthians. Já podíamos dizer que era outro time.
Mais um mês se passou e chegamos no exato dia em que Vagner Mancini deu um nó tático no São Paulo de Fernando Diniz. Dia 13 de dezembro. Aquele 1 a 0 - que poderia ter sido um placar bem mais elástico - mostrou a grandeza do trabalho que estávamos vendo acontecer diante dos nossos olhos. 33 pontos, 11ª colocação e um time de verdade. Um time que joga bem, com organização e que domina seus adversários. O que estava faltando? Conseguir aumentar o poder de finalização e, consequentemente, o placar.
Isso aconteceu. Um mês depois. 13 de janeiro. Corinthians 5x0 Fluminense. Já são sete jogos sem perder, quatro vitórias seguidas, 11 gols marcados e apenas um gol sofrido.
Que venha o Dérbi!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.
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