Ato VI - 100 anos Ponte Grande
Opinião de Fernando Wanner
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O Corinthians passou a ser uma atração popular; não era apenas um clube.
O Corinthians honrou todos os compromissos com a Prefeitura de São Paulo e cumpriu rigorosamente as cláusulas do contrato de arrendamento da Ponte Grande. O Alvinegro levava para o estádio o cheiro do povo. Mas não só. A classe média que ia conquistando seu espaço, acertando o pé na vida, chegava junto e começava a levar o Corinthians nos ombros.
Essa gente, que mandava os filhos estudarem nas excelentes escolas públicas ou nas conceituadas escolas particulares, muitas delas internatos, essa gente simpatizava com o Corinthians. Estudantes de odontologia que cursavam a escola erguida na chácara que fora outrora do barão de Três Rios, no bairro do Bom Retiro, engraçavam-se com o clube que tinha, entre seus mais atuantes diretores, exatamente um dentista — João Batista Maurício.
Os futuros engenheiros, que a Escola Politécnica mandava fazer estágio nas oficinas da São Paulo Railway, na Lapa, também se entregavam o Timão. Punham-se a par das coisas corinthianas que estavam acontecendo, ouvindo o papo, as conversas, os comentários de muitos trabalhadores da ferrovia que eram associados ou simpatizantes do Corinthians.
O Corinthians passou a ser uma atração popular. Não era apenas um clube. Era uma devoção. Uma devoção que contaminava as pessoas. Todos queriam ver o Corinthians jogar na Ponte Grande!
Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.