Ronaldo Giovanelli comenta saída do Corinthians e revela ordem de Luxemburgo que o fez sair
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Por Meu Timão
O fim da passagem do goleiro Ronaldo no Corinthians voltou à tona. O ídolo e ex-goleiro do Timão explicou os motivos de sua saída em 1998 e imbróglio da tratativas de renovação com Vanderlei Luxemburgo, que fez pedido inusitado ao arqueiro.
"Eu não sentia que ele ia me mandar embora. A todo momento, ele dizia que ia renovar, só que naquela época você ficava preso ao clube, não era a Lei Pelé ainda. Fiquei praticamente 40 dias treinando separado, era isso que acontecia. Não via ninguém, ia conversar e não tinha ninguém. Ele chegou para mim e disse 'assina comigo que você vai ser meu goleiro, vou te levar para a Seleção'. Já passei por tudo, e quer que eu assine em branco? Falei que queria ver o contrato", comentou em entrevista ao Alambrado Alvinegro.
Naquele ano, Luxemburgo assumiu o Corinthians no início da temporada e colocou Ronaldo em apenas seis partidas. O ex-jogador explicou uma situação com o treinador e o preparador físico Antônio Mello, em que questionava a sua situação contratual. Depois, mencionou um papo com Alberto Dualib, que presidiu o Timão entre 1993 e 2007.
"Lembro que eu estava no banheiro e passou o (Antônio) Mello, ele andando no corredor e eu tinha terminado de treinar mais cedo. Ele falou 'o Ronaldo está treinando para dedéu. Ele é um baita de um goleiro'. O Luxemburgo respondeu que se resolvia comigo e para me deixar aqui, que daria uma gelada em mim. Eu escutei a conversa e questionei. O Vanderlei queria que eu fizesse essa assinatura (em branco) e assim ficaria mais tempo por lá. Mas falei que se ele não gostasse de mim, que deixasse eu seguir a minha vida. Tinha que assinar o contrato e ele estava segurando. Depois conversando com o Dualib, ele me disse que mandou um aumento, mas a proposta não chegou até mim. Não guardo mágoa de ninguém.
Sem uma definição de futuro no Parque São Jorge, Ronaldo recebeu proposta do Fluminense, em março, após dez anos vestindo a camisa alvinegra, com 602 partidas registradas - atrás somente de Cássio entre goleiros. Como não tinha chance de acordo para permanecer, encerrou sua passagem com cinco títulos conquistados, entre eles o Brasileiro de 90 e a Copa do Brasil de 95.
"Foi uma proposta que veio. Peguei um pouco do (Campeonato) Carioca ainda, até porque foi em março que saí. O Fluminense veio e foi rápido para me levar. Não tinha mais acordo para ficar (no Corinthians), não tinha mais acesso aos diretores. Era apenas com ele (Luxemburgo)".
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