Hugo Crosara
Os clubes cada vez mais pobres. Dirigentes, jogadores, empresários cada vez mais ricos.
Ninguém fala nada. Toda a mídia finge que nada acontece. Focam nas dificuldades financeiras, nas contratações arriscadas, no desempenho dos atletas, nas especulações de mercado. Enfim, só falam da “casca da ferida” mas da infecção subjacente causadora dos males, do pus e da necrose escondidinha ninguém tem peito de falar.
A verdade é tão clara e óbvia de que estamos colaborando, com nossa conivência e omissão, para o fim dos clubes e do futebol que tanto amamos.
Quem acha que é normal um clube precisar de investidor para contratar um jogador ou que não há estranheza arranjar parceiros para pagar salários não enxerga o precipício iminente sob os pés.
Quem também pensa ser normal um time ter jogadores medíocres com salários elevados e superfaturados onde nem de graça seriam comercializados por não terem como arcar com o salário, está colaborando e muito com a “desgraça anunciada “.
Temos pelo menos 45 jogadores que não interessam absolutamente a ninguém e que mesmo emprestados ainda não aceitam pagar os salários que obviamente são superestimados (esquema taxinha de ser), ou seja, contratamos pés de rato com intuito de dar contratos longos para que o esquema tenha fluidez e êxito.
Estamos apequenados, acuados, pedintes.
Somos agora apenas escada para a corrupção e que, com um pouco de fumaça, nossos amigos olhos nos traem.