Rafael Morais
Óbvio que hoje, a galinha dos ovos de ouro é o futebol profissional.
É ele que movimenta bilhões e custeia toda a estrutura do clube.
Mas o presidente do clube, que comanda o destino do time de futebol, é, antes de tudo, eleito pelos associados. E presta conta pelo que se sucede naquele espaço físico. Responde prioritariamente por aquela estrutura.
Vou repetir, para que seja bem didático.
O CORINTHIANS É UM CLUBE DE BAIRRO QUE POSSUI UM TIME DE FUTEBOL PROFISSIONAL.
CLUBE DE BAIRRO.
E ele é gerido como um clube de bairro. Como uma associação de moradores, sem fins lucrativos.
Seus associados são uma representação fidedigna de qualquer estrato social brasileiro: tem gente trabalhadora e gente #$!@%, tem pessoas honestas e pessoas corruptas, tem seres com tino para o negócios e sujeitos que não sabem gerenciar nem a própria vida. E como um clube de bairro necessita de ordem e comando, os contribuintes (associados) eventualmente se reúnem para decidir quem vai capitanear a nau de tempos em tempos.
Demandar profissionalismo, práticas corretas de gestão, responsabilidade e idoneidade na condução do clube é um dever apenas do associado. E que se exploda o time de futebol, desde que aquela estrutura pela qual eles pagam a mensalidade esteja apta para a utilização, esteja perfeita para o convívio entre eles.
Em outras agremiações similares calhou de um cidadão encampar uma batalha pela organização que favorecesse o time de futebol, como em nosso rival, por exemplo. Mas é questão do acaso. É a pura e simples sorte.
Não esperem que isso ocorra aqui.
Aceitem que, por arbitrariedades da vida, optamos por torcer para o Corinthians. E desenvolvemos laços emocionais profundos por esse time. Mas não podemos, em virtude disso, demandar nada dos que usufruem por direito do clube social. Somos adoradores de algo que lhes pertence, mas que não é a razão de ser da instituição.
Abraços.
em Bate-Papo da Torcida > O Corinthians é um clube social que calha de ter um time de futebol