O Corinthians anunciou que, com base em novas diretrizes do Governo Federal devido à pandemia, diminuirá até 70% dos salários de todos os funcionários que ganham acima de R$ 3 mil. São quase mil trabalhadores e colaborados do clube no Parque São Jorge, na Arena e nos CTs.

O Palmeiras anunciou 25% de redução do salário em carteira de jogadores, treinadores e membros do departamento de futebol profissional para os meses de maio e junho, além de pagamento dos direitos de imagem posteriormente.

Duas decisões que pressionam - e muito - o grupo de atletas profissionais do Corinthians que, neste momento, conversam e negociam com os dirigentes o quanto será reduzido salários em carteira, direitos de imagem e luvas diluídas.

Aqueles 30 jogadores que trabalham diariamente no CT e, neste momento, estão em casa devido ao Covid-19, tem apenas um caminho a seguir: aceitar as condições propostas pelo clube. Se não aceitar, serão mal vistos por seus torcedores até como seres humanos.

Não interessa se a diminuição será de 10%, 25%, 50% ou 70%. Não interessa se a parte dos direitos de imagem será afetada. Não interessa se as luvas combinadas serão diluídas em mais meses do que o definido anteriormente. Será preciso, sim, acatar o pedido do clube.

Depois que funcionários que ganham tão menos acataram por força maior, depois que outros clubes fizeram acordos com seus jogadores, os do Corinthians têm obrigação de ir na mesma linha. Sim, obrigação. Ainda mais com a reserva financeira que, certamente, todos eles têm...

Em tempo: obviamente o que for proposto pela diretoria como solução precisará, posteriormente, ser cumprido à risca. O combinado não sai caro. Os dirigentes precisam se programar e planejar bem para cumprir o que for combinado. Seja qual for o acordo...

Os dois lados precisam se ajudar num momento como esse.

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