Duas grandes mentiras sobre a saída de Marquinhos do Corinthians que são tratadas como verdade
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Informação de Rodrigo Vessoni
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Marquinhos vai às alturas para fazer o primeiro gol do PSG contra o Leipzig, pela semifinal da Liga dos Campeões
Foto: Divulgação / UEFA Champions League
Autor do primeiro gol do PSG contra RB Leipzig, pela semifinal da Liga dos Campeões da Europa, o zagueiro Marquinhos virou um dos assuntos mais comentado nas redes sociais na tarde desta terça-feira.
E, por ser cria do Corinthians, o jogador virou um assunto quase obrigatório entre os torcedores do Timão. Entre os comentários, duas grandes mentiras voltaram à tona. Duas mentiras que, ano após ano, passaram a ser tratadas como verdade. Vamos esclarecer!
'Tite não quis Marquinhos'
Uma grande mentira. Eu cobria o Corinthians em 2012 e a história não é bem assim.
O Corinthians era campeão brasileiro e campeão da Libertadores quando chegou a oferta da Roma (ITA) pelo jovem, de apenas 18 anos.
A zaga titular nos dois títulos era composta por Chicão e Leandro Castán. No banco, Paulo André, que seria o titular diante do Chelsea com a saída de Castán, o experiente Wallace, o recém chegado Felipe (hoje no Atlético de Madrid) e o recém promovido da base Antonio Carlos (ex-Palmeiras, hoje no Orlando City).
Marquinhos tinha apenas 18 anos. Era promissor, óbvio. Mas não estava consolidado, óbvio. Entre 2011 e 2012, o prata da casa tinha feito 15 jogos no profissional.
Tite, então, fez o óbvio: deu a titularidade a Paulo André, que era mais experiente e estava em ótima fase. Inclusive foi um dos melhores da equipe diante do Chelsea. Wallace, que tinha apenas 24 anos na época, também era um defensor em ótima forma física, mais experiente e, na época, tinha a confiança do treinador.
A oferta chegou. Marquinhos, impaciente, preferiu não esperar sua hora de jogar e resolveu ir embora. Seus empresários, claro, estavam juntos nessa decisão. E o jogador decidiu ir embora.
Hoje falar que o Marquinhos seria titular do Corinthians é fácil. E na época? Quem tiraria Chicão, Castán ou Paulo André para entrar um garoto de 18 anos?
Dizer que "Tite não quis o Marquinhos" é uma enorme mentira. Simples assim.
'Marquinhos saiu de graça'
Outra grande mentira. Em 2012/2013, Marquinhos foi vendido pelo Corinthians à Roma (ITA), em duas etapas, num total de € 5 milhões (cerca de R$ 13 milhões à época, mas que hoje daria R$ 32 milhões). Na ocasião, o Timão se desfez de 95% dos direitos econômicos do jogador.
Na sequência, o Corinthians pegou mais R$ 7,6 milhões da transferência do zagueiro para o PSG, da França, usufruindo de 7,5% da bolada de mais de R$ 100 milhões (5% que guardou e mais 2,5% do mecanismo de solidariedade da Fifa).
Ao todo, em real, na cotação da época, Marquinhos rendeu ao Corinthians a cifra de R$ 20,6 milhões. Na cotação de hoje, cerca de R$ 50 milhões.
Pouco? Não.
Poderia ser mais? Poderia, óbvio.
Saiu da graça como muita gente fala? De jeito nenhum!
Isso é mais uma grande mentira.
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