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Quitação da Arena Corinthians: de uma simples utopia à chance real (ainda que na teoria)
Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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Quitação da Arena Corinthians: de uma simples utopia à chance real (ainda que na teoria)

Coluna do Rodrigo Vessoni

Opinião de Rodrigo Vessoni

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Quitação da Arena Corinthians: de uma simples utopia à chance real (ainda que na teoria)

Arena Corinthians pode ter um novo nome nos próximos dias; diretoria espera anunciar perto do aniversário de 110 anos (1º de setembro)(

Foto: Meu Timão

Eu sempre disse que a Arena Corinthians era pagável. Quem me acompanha nas redes sociais ou aqui no Meu Timão sabe disso. Fiz até uma coluna sobre o tema (aqui).

Porém, para muita gente, isso era um grande devaneio da minha parte. Muita gente sempre viu isso como uma grande utopia.

É para essas pessoas que resolvi escrever essa coluna, com base nos últimos acontecimentos sobre o estádio.

Tudo que vou dizer abaixo é na teoria, que fique claro. Afinal, as três situações que serão esmiuçadas abaixo ainda não são oficiais.

  1. Acordo final com Odebrecht;
  2. Naming Rights;
  3. Novo acordo com a Caixa Ecônomica Federal;

Sim, o Corinthians pode ficar próximo de equacionar a dívida do Arena (ou ficar bem perto disso). E com base nesses três pilares. Vamos a eles:

1) Acordo final com Odebrecht

A diretoria espera anunciar, nos próximos dias, o acordo final com a Odebrecht, que está em recuperação judicial.

O clube já tem a quitação de uma das duas dívidas com a construtora, no caso, com a Odebrecht Engenharia e Construção.

Mas ainda falta a finalização do acordo com a Odebrecht Participações e Investimentos, que divide com o Corinthians o controle do Fundo Arena, o "dono" do estádio nos documentos.

Esse segundo acordo também está próximo de sair, segundo Andrés Sanchez. A dúvida dos conselheiros é se a dívida será zerada ou se sobrará um residual, entre R$ 100 milhões e R$ 170 milhões.

2) Naming Rights

A diretoria do Corinthians dá como certa a venda do nome da Arena. O novo comprador ainda é uma incógnita, mas a possibilidade mais comentada no Parque São Jorge, entre associados e conselheiros, é da Neo Química, que foi comprada pela Hypermarcas S.A, patrocinadora do clube em 2010 e 2011.

Em 2017, a gigante S.A virou Hypera Pharma e, neste momento, é a maior empresa farmacêutica brasileira em termos de receita líquida e capitalização de mercado. Veja mais aqui, na coluna de Marco Bello.

O valor, segundo conselheiros, é de cerca de R$ 350 milhões pelo uso do nome do estádio por 20 anos, mas com pagamento final desse valor em menos tempo.

3) Novo acordo com a Caixa Econômica Federal

Parte da construção do estádio foi financiada pelo BNDES, com a Caixa Econômica Federal sendo a responsável por avalizar e repassar o dinheiro. Segundo o banco, o Corinthians deve hoje cerca de R$ 536 milhões. O clube, por sua vez, diz que a dívida neste momento é de cerca de R$ 470 milhões - já pagou cerca de R$ 180 milhões de juros.

Os pagamentos mensais das parcelas do primeiro acordo foram paralisados há quase um ano e, neste momento, o caso está na Justiça. Por decisão de Corinthians e Caixa, com anuência do juiz do caso, a situação está paralisada.

Enquanto isso, um novo acordo entre as partes está sendo costurado nos bastidores, tecnicamente e politicamente. Seja qual for o acordo será atrelado ao dinheiro do naming rights, obviamente.

Conclusão

Odebrecht: desejo de R$ 0 de dívida, mas com possibilidade de um residual entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões;

Caixa: de R$ 470 milhões a R$ 536 milhões, mas com bastante juros em ambos os casos, que poderiam ser abatidos com um pagamento mais rápido;

Naming Rights: cerca de R$ 350 milhões.

Com base numa conta de 'padaria', o Corinthians sairia de uma improvável e utópica quitação para uma dívida completamente administrável e pagável, ainda mais pra quem faz cerca de R$ 60 milhões líquidos anualmente no estádio (bilheteria + propriedades + alugueis + eventos) - esse líquido não inclui a manutenção, de cerca de R$ 2,3 mi/mês.

Odebrecht, Caixa e Naming Rights... vamos aguardar a oficialização das três situações. Mas, sem dúvida, o que era apenas algo utópico, agora, se transformou numa possibilidade. Mesmo que, ainda, na teoria.

Veja mais em: Arena Corinthians, Andrés Sanchez e Diretoria do Corinthians.

Este texto é de responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Meu Timão.

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Por Rodrigo Vessoni

Formado pela FIAM, trabalhou na Rádio Transamérica e, por 12 anos, no LANCE!. Neste momento, também é repórter da Rádio 9 de Julho, SP (AM 1600). Participa ainda, quando chamado, de programas na TV.

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