O que esperar de um time que ainda sente as saídas recentes de dois dos seus principais titulares, além da indefinição de alguns outros? Tudo isso foi refletido na partida de hoje. Uma partida tecnicamente e taticamente sofrível, tanto ofensivamente como defensivamente. Na teoria, um time que jogaria na velocidade de Romero, com R.Augusto se junto ao ataque para fazer dupla com ele. O camisa 8 que foi lúcido no primeiro tempo, junto com o paraguaio brigador.

Um jogo truncado, com 43 faltas no total, pouco colaborava com o andamento do jogo. O Corinthians, por conta de suas modificações, estava muito espaçado. Além disso, via-se um Palmeiras marcando pressão em cima dos zagueiros e volantes, obrigando o time a recorrer ao chutão. O passe qualificado poucas vezes acontecia, seja pelos laterais ou pelo volante.

[Frame da marcação pressão do rival: palmeirenses apertando a saída de bola]

Não se via aproximação dos jogadores para realizar as jogadas, tão pouco defensivamente. Os passes em profundidade não saiam para pegar o Romero “no falcão”, como pediu o Tite. Com “alternativa”, o time abusou dos chuveirinhos buscando uma referência, a qual o time ainda não tem.

Além de sair para o intervalo com o prejuízo do mau futebol apresentado, ainda tomou dois gols, em falhas da zaga.

Na volta, Tite sacou Ralf e colocou Mendoza, pelo lado esquerdo. O Palmeiras naturalmente relaxou a marcação, mas o panorama não mudou. Não havia criatividade do por parte do time. O Corinthians tocava, e de fato teve mais passes que o adversário (399 x 309), porém, sem efetividade, apenas rodando a bola do meio para a defesa.

[Corinthians rodou a bola, mas, defensivamente]

Procurando ser mais ofensivo para agredir mais o Palmeiras, Tite sacou Petros e colocou Danilo. No entanto, o camisa 20 pouco acrescentou ao jogo e os espaços continuaram a existir. Por fim, promoveu a entrada do Edílson (?) que não passou do meio de campo.

[Frame: jogador isolado!]

Por fim, o Corinthians terminou o jogo com apenas 2 chutes ao gol. Apenas 2! É um time “engessado”, que fica refém do esquema defensivo do adversário. Não procura desmontar a defesa com dribles ou viradas de jogo (apenas 1 no jogo de hoje). É muito pouco para um time do tamanho do Corinthians. Muito pouco para um time que, no papel, tem ótimos nomes e está no meio da tabela. Isso preocupa para o restante do campeonato.

O que resta é o desejo de que as situações fora de campo encaminhem para alguma resolução e que definam o quanto antes quem fica e quem sai, sobretudo o Elias (um jogador como ele não pode ficar no banco e não entrar numa partida como essa). Se não, a coisa complica.

#VaiCorinthians!