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O Cássio estava pegando muito antes de ir para o banco?
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Está provado que não temos técnico!
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Para quem sonha em sulamericanos no nível europeu
Publicado no Fórum do Meu Timão em 20/12/2019 às 11:13
Por Guilherme Ginjo
(@guilherme.ginjo)
Para quem sonha com isso, entenda de uma vez: NÃO VAI ACONTECER
Uma matéria da UOL levanta que o Liverpool (que convenhamos nem é dos maiores europeus) tem receita 4 VEZES MAIOR que o Flamengo que teve em 2019 e foi A MAIOR RECEITA DE SUA HISTÓRIA. A matéria a seguir dá um bom parametro da disparidade, comparando o melhor ano da história do segundo maior time do país com um time que sequer é o principal da Europa:
https://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2019/12/20/por-que-o-liverpool-ganha-e-gasta-o-quadruplo-o-flamengo/ Por que o Liverpool ganha e gasta o quádruplo o Flamengo - Blog do Rodrigo Mattos - UOL Rivais na disputa da final do Mundial de clubes, Liverpool e Flamengo entrarão em campo com uma diferença de elenco que é fruto da distância financeira entre... rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br
Um ponto importante, nós aqui na América Latina e nossas crianças ao consumirmos o futebol europeu, comprando camisas e assistindo os jogos estamos, de certa forma colaborando com essa disparidade. A questão vai muito além de gestão e honestidade dos dirigentes, mas de penetração em mercados e economia forte. Lendo a matéria fica claro que países com economia forte podem receber aportes de publicidade mais forte, no entanto, isso não basta. O campeonato brasileiro, só passa no Brasil (no máximo na Globo Internacional), enquanto que a Premier League (sem falar na Champions) passa no mundo todo, resultado: Cotas de TV incomparavelmente maiores e espaços de patrocínio muito mais atrativos e valiosos. Ou seja, quem anuncia em um time inglês aparece no Brasil e no mundo, quem anuncia num time brasileiro, não aparece em lugar nenhum, só no Brasil. Não custa nada lembrar que atualmente as marcas são, cada vez mais, internacionais. O que está no nosso supermercado é muito próximo ao que está no supermercado de outros países. Assim, a marca bota logo de uma vez o patrocínio em um time europeu ao invés de distribuir vários patrocínios pelo mundo. Os licenciamentos, da mesma forma, por mais que Flamengo e Corinthians vendam seus produtos no Brasil inteiro, os times europeus tem mercado enorme aqui na América Latina, bem como na Ásia e África, são 3 continentes de vantagens (lembrando que India e China possuen juntas mais da metade da população do mundo).
REMEDIAÇÃO (QUE NÃO ESTÁ ACONTECENDO)
Solução: NÃO TEM. Já que somos uma economia dependente. O futebol apenas reflete a economia, ou seja, a América do Sul, simplesmente fornece matéria prima barata (no caso atletas) para o centro do poder e os clubes de lá transformam isso em dinheiro real (Liverpool com Firmino, Alisson e alguns africanos fazem receita 4X MAIOR QUE Flamengo).
Porém um trabalho sério das entidades (mais do que dos clubes) poderia tentar amenizar o problema. Algumas atitudes para pelo menos tentar reduzir a disparidade. A dificuldade é que essas atitudes estão muito mais ligadas às Confederações do que aos clubes. E as Confederações parecem ter um trabalho ainda MENOS sério que o dos clubes:
CBF e Conmebol:
Valorizar mais os clubes e competições locais (os prêmios da Libertadores não podem ser menores que da Copa do Brasil). Os patrocínios desses competições também precisam ser melhores e maiores. Ou, pelo menos, junto à FIFA a América Latina deveria tentar brigar para reduzir a disparidade (se não aumentar aqui, que se encontrem mecanismos para limitar por lá).
Criar alguma barreira, que só seria possível com o respaldo da FIFA, para reter por mais tempo os jogadores talentosos por aqui (é preciso algum protecionismo frente à força do dinheiro que leva nossos talentos antes mesmo que brilhem por aqui). São basicamente jogadores latino-americanos e africanos que fazem as ligas europeias fortes, é preciso se organizar para ter compensações melhores por isso.
Trabalhar para vender a liga brasileira e Libertadores em outras partes do mundo. Promover atividades em locais como Índia e China, levar os clubes para lá, promover as marcas, enfim tentar abrir esses mercados.
Pleitear junto à FIFA mais compensações aos clubes da América Latina, em equilíbrio à disparidade econômica entre países (melhorias no tal fair play financeiro). Aumentar as fatias de clube formador, criar novos mecanismos, novos limites.
Os Resgatar a grandeza dos clubes locais, frente aos europeus em ações alinhadas com a imprensa. Aqui, os próprios clubes parecem concordar que são menores que os europeus e isso entra na cabeção das próximas gerações e é uma bola de neve. Os clubes brasileiros são tão grandes quanto os europeus, apenas tem menos dinheiro.
Nada disso resolve a questão, mas se ao menos reduzir essa disparidade
Abraços!