Reconhecido até no carro, xodó do Corinthians se prepara para tirar carteira de motorista
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Por Vinícius Souza e Lucas Faraldo
Além de ser campeão da Copa São Paulo e subir aos profissionais do Corinthians, Pedrinho, de 18 anos, tem outro objetivo em mente nesta temporada: tirar a carteira de habilitação e, assim, não depender mais de amigos ou do Uber, serviço de transporte privado, para transitar entre sua casa e o CT Joaquim Grava. Reconhecido por torcedores até no trânsito, o novo xodó do Timão, presente na sexta edição da festa de páscoa beneficente do clube, falou a respeito da nova fase da carreira.
“Realmente, quando estou andando na rua as pessoas já param, pedem para tirar foto. Às vezes eu fico dirigindo aqui do lado de fora com os moleques e tava passando o trânsito. Aí as pessoas ficam no trânsito pedindo pra tirar foto comigo, parando o trânsito para falar. E graças a Deus fico muito feliz pelo reconhecimento”, disse Pedrinho, que, embora não possua habilitação, deixa escapar que já tem ideia de como guiar um automóvel.
“Ainda não (tenho carteira). Estou começando a fazer a carta agora, tem pouco tempo, mas o tempo que tiver vou usar pra tirar. Pego o carro pra brincar de vez em quando e estou indo à autoescola pra tirar de verdade”, prosseguiu o jovem armador.
Eleito o melhor jogador na campanha do decacampeonato da Copinha, Pedrinho ganhou rápida identificação com a torcida do clube, que vê nele talento promissor. Relacionado para os últimos jogos da equipe e candidato a titular diante do Internacional, na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil, o camisa 18 revelou como tem “se virado” para seguir a rotina no Timão sem carro próprio.
“A gente sempre dá um jeito de arrumar uma carona, tem que ser malandro. Pega carona aqui, ali, quando não dá, pede Uber. Tem que se virar. Quem me dá carona muito é o Mantuan, que subiu comigo, mas já tem carta. Quando ele não vai, é com o Léo, zagueiro”, explicou o meia, que não pensa em gastar dinheiro com automóvel no momento.
“Ainda não. Primeiro quero dar uma vida melhor aos meus pais, que estão lá em Maceió ainda, espero poder trazê-los para cá. Minha ideia é comprar uma casa fixa pra eles, que moram de aluguel, somos uma família humildade, vim para cá aos 14 anos. Hoje em dia estou feliz por dar orgulho aos meus pais”.
Sobre os primeiros meses de atleta profissional, Pedrinho abre o sorriso. “Está tudo dentro do padrão, como eu achava que deveria ser. É um jogo mais intenso, mais rápido, tem que soltar um pouco a bola e no individual poder ir para cima. Estou amadurecendo um pouco, pegar entrosamento, experiência e entrar mais tranquilo”, concluiu.