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Leandrinho fala sobre amor ao Corinthians e surpreende em pedido: 'Abre um time de basquete aí'

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Por Mayara Munhoz e Danilo Augusto

Leandrinho fez um pedido: um time de basquete do Corinthians

Leandrinho fez um pedido: um time de basquete do Corinthians

Meu Timão / Larissa Lima

Um dos grandes nomes brasileiros na NBA, liga norte-americana de basquete, Leandrinho Barbosa nunca escondeu o amor pelo Corinthians, seu time do coração. No Brasil para o período de férias da liga, o armador do Phoenix Suns não quer ser somente mais um dos 30 milhões do bando de loucos. Ele quer mais: vestir as cores do Corinthians em quadra.

Leandrinho recebeu a reportagem do Meu Timão para um bate-papo exclusivo em sua casa em Jundiaí, no interior de São Paulo. Inspirado em Serginho, do vôlei, o armador surpreendeu ao fazer um pedido ao Corinthians para lá de especial.

"Vai Corinthians, abre um time de basquete aí. Vamos fazer um timinho para a gente ser feliz aqui no Brasil. Vou ficar muito feliz se acontecer isso, vai ser um projeto muito bacana, encerrar a minha carreira aqui, na minha cidade, no Corinthians", pediu o jogador.

Leia também: Leandrinho leva Corinthians aos vestiários da NBA e palpita sobre vencedor das finais

Aos 34 anos, Leandrinho tem mais um ano de contrato com a equipe do Arizona. Pretende ficar mais três nos EUA, mas mudaria os planos caso o Timão montasse um projeto para reativar o basquete masculino - que foi de muita tradição no Brasil até os anos 90, com nomes como Oscar Schmidt e Wlamir Marques.

"Se montar um time agora, eu arrumo as minhas malas lá nos EUA. Seria um prazer muito grande, tenho uma vontade muito grande", afirmou o brasileiro, que já até brincou e escalou alguns nomes do basquete do Brasil para atuar no Timão (veja abaixo).

A paixão pelo Corinthians vem desde o nascimento, por influência do pai Vicente Barbosa. E Leandrinho contou tudo na conversa de cerca de meia hora, que ainda abordou seus treinamentos no CT Joaquim Grava, seus planos para o futuro e até a presença mais que garantida na final da NBB no Parque São Jorge neste sábado. Confira abaixo a entrevista exclusiva completa com o armador brasileiro:

Leandrinho conversou com o Meu Timão em sua casa

Leandrinho conversou com o Meu Timão em sua casa

Larissa Lima/Meu Timão

A paixão pelo Corinthians e sua história com o clube

Início no Palmeiras

Eu sempre fui corinthiano, nasci e meu pai, eu me lembro muito bem minha mãe contando para mim, que quando eu nasci, na porta do hospital, tinha uma camisetinha do Corinthians. Foi super legal. Ele era corinthiano roxo e foi passando a mesma energia para mim. E eu peguei com o maior prazer. Então, o fato de eu ter jogado no Palmeiras, não só lá, mas no Flamengo também, foi mais profissionalismo mesmo. Era a minha profissão, sim, defendia o time do Palmeiras, do Flamengo, mas meu coração sempre foi coberto de preto e branco do Corinthians. Então, todos eles sabiam, tinham muitas brincadeiras, principalmente no Flamengo que falavam 'quem é Flamengo no Rio é Corinthians em São Paulo', mas para mim não tinha essa não. Eu sempre fui corinthiano, independente de estar no Rio ou não.

Nota da redação: Leandrinho iniciou a carreia profissional aos 17 anos no Palmeiras. No Brasil, ainda atuou pelo Bauru, no interior de São Paulo, pelo Flamengo e pelo Pinheiros - as duas últimas equipes foram defendidas em intervalos na NBA, nos anos de 2011 e 2013, respectivamente.

Jogadores de basquete não escondem os times que torcem?

Eu acho que no basquete não existe mesmo isso. Para o futebol, como é o número um do país, bem mais visto no nosso país, acho que já é um pouco diferente a situação de torcedor e a profissão. Eu acho que é legal o fato dos jogadores que atuam meio que esconderem porque futebol sabe como é, a torcida é muito séria, acaba influenciando.

Como acompanhava o Corinthians nos EUA quando chegou

Na época, a mídia social não era tão forte como hoje vem sendo. Eu lembro que a única comunicação com amigos e familiares era através do MSN, tinha até o BBM. Essa era a minha comunicação com meus amigos e, principalmente, com meu pai que nunca perdeu um jogo de futebol pela televisão. Então, ele me mantinha informado, mas foi difícil no começo da minha carreira estar vendo o que acontecia com o Timão aqui. Era momento de estabilidade, foi muito complicado esse comecinho lá nos EUA.

Leandrinho em uma de suas visitas à Arena Corinthians

Leandrinho em uma de suas visitas à Arena Corinthians

Arquivo Pessoal

E agora?

Quando eu estou aqui, sempre que eu posso dou uma chegadinha lá na Arena. Conheço a maioria dos jogadores, minha família é quase toda corinthiana, meus amigos também. É tudo mais tranquilo, mais fácil, tem a mídia social também. É até mais rápido do que eu me comunicando. Hoje é tudo muito rápido.

Estrutura do CT do Corinthians comparada à NBA

Dá para comparar sim. Eu acho que algumas coisas o Corinthians tem, algumas tem só lá nos EUA. Realmente a parte atlética, até mesmo de fisioterapia, proporcionada para os jogadores é uma parte diferenciada acho que em todo o Brasil. É impressionante! Tem coisas ali, alguns exercícios, fiz uns testes que eles me proporcionaram que eu fiquei de boca aberta, coisas que não existem lá nos EUA. Mesmo sendo modalidades diferentes, a cabeça, o foco é o mesmo. O jeito que eles trabalham, que o pessoal da NBA trabalha é o mesmo. Então, eu fico encantado e feliz de saber que o que eu fizer aqui vai dar resultado lá e principalmente por ser o Corinthians.

Nota de redação: Enquanto está de férias no Brasil, até o início da próxima temporada da NBA em setembro, o jogador tem feito um trabalho no CT do Corinthians acompanhado dos profissionais do Timão. Essa não é a primeira vez que ele usa as dependências do Timão. Em 2013, fez tratamento após uma lesão no joelho esquerdo.

Um pedido: um time de basquete do Corinthians

Vontade de jogar no Corinthians

É um sonho! Claro que eu tenho essa vontade. Se montar um time agora, eu arrumo as minhas malas lá nos EUA, lógico com a autorização da patroa, senão o bicho pega dentro de casa (risos), mas com certeza. Seria um prazer muito grande, tenho uma vontade muito grande. Serginho é um grande amigo meu e eu conversei sobre como ele fez isso acontecer. Ele está super feliz e eu ficaria super feliz também se tivesse um projeto bacana para eu voltar para o Brasil, terminar minha carreira aqui em São Paulo, de onde eu sou, e principalmente no Corinthians que eu amo de coração.

Nota da redação: o também corinthiano Serginho, em parceria com a cidade de Guarulhos, fechou com o Corinthians para montar uma equipe profissional de vôlei masculino. Ainda nos preparativos, a ideia do time é disputar a Taça de Ouro, competição que garante ao vencedor uma vaga na Superliga, principal campeonato da modalidade no Brasil.

Um time de corinthianos

Já tem um time sim (risos). Já até fiz um comentário com o Alex, que está disputando a final da NBB. Tem o Marcelinho Huertas, belo armador. Tem o 1, 2 e 3 (risos). Pivô é tranquilo porque tem muito pivô amigo meu corinthiano. Então dá para fazer um timaço. Um time para ir para cabeça mesmo.

Teria espaço até na NBB?

Claro que tem. Eu acho que existe uma burocracia da NBB em termos de você se classificar para entrar. Eu não sei como é exatamente, se o Corinthians teria essa chance, como que deve ser. Mas a gente poderia formar um time bacana, para brigar, para fazer um barulho bem grande aí e complicar muita gente.

Você gosta de jogar e não importa onde. Isso vai de encontro com atuar no Corinthians?

Eu amo o basquete. Até mesmo quando eu entrei na vida do esporte, no comecinho, molequinho, eu gostava mesmo é de futebol. Mas a gente sabe que todo menininho que nasce, sai da barriga da mamãe, quer jogar futebol, mas as oportunidades são muito difíceis. Na época, meu irmão jogava basquete, eu era meio capetinha e minha mãe pedia para ele tirar eu de dentro de casa. Aí, ele saia para jogar e me levava junto. Eu acabei indo muito com ele, acabei gostando do basquete e me apaixonei. Todo mundo fala que a gente sai do Brasil, vai para os EUA, muitas coisas aconteceram de falar que eu não queria mais estar com a Seleção. São situações que acabam acontecendo. A situação é que eu atou em um time da NBA, e infelizmente aconteceram ocasiões do meu time não deixar eu participar da Seleção por causa de contusões. Eu jogo porque eu gosto, eu amo, eu amo o que eu faço. Hoje estou no Brasil, já estou com a mão coçando porque tem um tempinho que eu não jogo. Quem é atleta não pode parar porque quando volta é difícil.

Planos para o futuro

Eu estou ativando o corpo, a parte da musculatura, para não dormir e quando eu pegar pesado mesmo estar preparado. Eu tenho 34 anos, tenho mais um ano com o Suns. Eu estou tentando o meu melhor e ficar quanto mais tempo eu puder. Eu não sei exatamente quando eu vou parar, quando minha carreira vai acabar, a não ser que o Corinthians forme um time, aí a gente pensa diferente. O meu foco é mais três aninhos nos EUA, já incluindo esse ano. Eu acho que vai ser uma quantidade de anos boa, já são 15 anos lá. Eu estou muito feliz de ter conseguido ficar 15 anos em uma NBA, é o melhor do melhor lá. Lógico que eu quero continuar jogando basquete, se Deus quiser, se acontecesse essa oportunidade do Corinthians.

O pedido

Vai Corinthians, abre um time de basquete aí. Vamos fazer um timinho para a gente ser feliz aqui no Brasil. Vou ficar muito feliz se acontecer isso, vai ser um projeto muito bacana, encerrar a minha carreira aqui, na minha cidade, no Corinthians.

Leandrinho convida a Fiel para as finais da NBB no Parque São Jorge

"Você acha que eu não vou estar lá? Precisa nem perguntar...", já respondeu na lata o armador ao ser questionado sobre um dos jogos das finais da NBB que será realizado no Parque São Jorge. "Eu sabia que o Bauru não ia deixar essa final ser 3 a 0, sabia que iam ganhar o jogo. O jogo vai ser no Corinthians e a maioria dali do time é corinthiano. Tenho certeza que eles vão querer fazer um bom papel para, se caso o Corinthians abra um elenco para fazer esse time de basquete, tenha bastante jogador. Eu vou estar lá sim, quero ir lá, assistir esse jogo que o bicho vai pegar", concluiu.

A partida será disputada entre Bauru e Paulistano, neste sábado, às 14h, no Ginásio Wlamir Marques. O Paulistando entra com a vantagem de 2 a 1 na série. Mas é a equipe de Bauru que veste o preto em branco por baixo da camisa, segundo Leandrinho.

"Acho que o Jefferson (ala-pivô) é corinthiano, se não for é são-paulino, mas todos os outros são Corinthians. E o Alex que é meu parceiro, meu parceiro de quarto na Seleção Brasileira, ele é Corinthians roxo. Sei também que o Huertas vai estar lá, ele é corinthiano também e o Paulistano é o time que ele nasceu jogando basquete", explicou o armador do Suns.

Alex, aliás, é tão fanático que visitou a Arena Corinthians nesta quinta-feira e realizou o tour do estádio. O técnico da equipe de Bauru, Demétrius, também marcou presença. Huertas, por sua vez, foi no Parque São Jorge e tirou fotos com os jovens das categorias de base do basquete do Corinthians.

Alex visitou a Arena Corinthians nesta quinta-feira

Alex visitou a Arena Corinthians nesta quinta-feira

Divulgação / Corinthians

Veja mais em: Base do Corinthians e Torcida do Corinthians.

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