Após taça do Mundial, juiz pede bloqueio de premiação do Corinthians na Libertadores Feminina
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Por Rodrigo Vessoni
Corinthians terminou a Libertadores Feminina em terceiro lugar, faturando US$ 30 mil (cerca de R$ 170 mil)
Rodrigo Gazzanel / Agência Corinthians
A equipe feminina do Corinthians mal acabou sua participação na Libertadores e a premiação pelo terceiro lugar na competição sul-americana já está sendo cobiçada pela Justiça. O juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível de São Paulo, determinou o bloqueio dos US$ 30 mil (cerca de R$ 170 mil) do prêmio para saldar a dívida do clube com o Instituto Santanense de Ensino.
"Defiro a expedição de ordem à CONMEBOL Libertadores Feminina 2020 com o fito de requerer o bloqueio e a transferência para este juízo referente à premiação do 3º lugar do executado Sport Club Corinthians Paulista (CNPJ 61.092.722/0001-26)", escreveu Nardelli, que já pediu que a Confederação Sul-Americana de Futebol seja oficiada. Ainda cabe recurso ao Corinthians.
O processo tramita na Justiça desde 2008. Inicialmente, o Instituto Santanense de Ensino Superior cobrava R$ 2,5 milhões do clube - o Corinthians, depois de um acordo, pagou uma parcela de R$ 431 mil em março de 2019. Mas a totalidade da dívida ainda não foi quitada.
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O caso ganhou notoriedade quando esse mesmo juiz Luis Fernando Nardelli mandou penhorar, em novembro de 2018, a taça do Mundial de Clubes de 2012, conquistada pelo Corinthians diante do Chelsea, no Japão.
Apesar de todo o barulho midiático, a penhora não teve resultado, já que o clube obteve uma decisão na sequência suspendendo a penhora - a taça até poderia ser leiloada, caso a dívida não fosse quitada.
No ano passado, o mesmo juiz Luis Fernando Nardelli mandou penhorar a premiação de vice-campeão do Paulistão. O clube também obteve sucesso em recurso.
Essa dívida do Corinthians é consequência da parceria do clube com a UniSant'Anna, de propriedade do Instituto, que tinha um espaço no Parque São Jorge. O local era alugado e servia como campus para a universidade.
Após algumas desavenças, a faculdade alegou que o Corinthians passou a impedir o acesso de funcionários e alunos, motivando à ida na Justiça em busca da indenização. O processo foi iniciado em 2008 e, dois anos depois, o clube foi condenado. Desde então, uma série de recursos foram feitos dos dois lados. A instituição ainda tenta receber a totalidade do valor.
A reportagem do Meu Timão entrou em contato com o clube que, por meio de sua comunicação institucional, informou que "O Sport Club Corinthians Paulista informa à reportagem que está ciente da intenção de penhora e que vai se manifestar oportunamente dentro dos prazos judiciais".
